Espanha, Portugal, França e Itália pedem “flexibilidades” a Bruxelas face à seca

Bruxelas, 30 de Maio (EFECOM).- Espanha, Portugal, França e Itália defenderão esta segunda-feira, durante o Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas, que se realiza em Bruxelas, a adopção pela Comissão Europeia de “flexibilidades” que permitam esses países para fazer face às consequências da seca.

Esta questão está entre os itens da agenda da reunião a pedido dos quatro países, disse o ministro espanhol da Agricultura, Luis Planas, em sua chegada ao Conselho.

“O assunto vai ser discutido hoje, pois há um ou mais pontos na agenda levantados pela Espanha, além de Portugal, França e Itália. Tenho estado em contato com outros Estados membros nos últimos dias, nas últimas semanas, as últimas com o ministro português na semana passada, com vista a coordenar pontos de vista”, disse Planas em declarações à imprensa.

Planas defendeu que a Comissão Europeia ative a “reserva de crise” da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia, bem como que sejam ouvidas “outras reivindicações relativas ao desenvolvimento rural”, como “o aumento dos adiantamentos dos pagamentos da PAC para este ano e certas flexibilidades”.

Nesse sentido, o ministro francês da Agricultura, Marc Fesnau, apelou à “capacidade de resposta” da Comissão Europeia face a este problema com que se confrontam particularmente os países do sul da Europa e com o qual devemos estar “unidos “, ele disse.

“Espero que em breve a Comissão nos possa dar respostas à seca”, em particular para “os portugueses, os espanhóis e os italianos”, sublinhou Fesnau.

Estas exigências foram feitas recentemente por Planas por escrito ao Comissário polaco para a Agricultura, Janusz Wojciechowski, com quem planeia reunir-se hoje em Bruxelas, bem como ao Comissário para as Pescas, Virginijus Sinkevicius, para avançar ainda mais na preparação para a Presidência do Conselho da UE a um mês do seu início.

Em todo o caso, Planas garantiu que o decreto-lei régio que prevê medidas de apoio ao sector agrícola para fazer face à seca “pode ​​ser perfeitamente implementado” apesar de o actual governo só se manter em funções até depois das eleições, uma vez que substituirá a “Deputação Permanente do Congresso dos Deputados quando este for constituído. Portanto, não há nenhum problema institucional nesse sentido”, enfatizou.

Planas lembrou que Espanha registou uma diminuição de 30% das chuvas desde o início do ano hidrológico, “o que tem consequências diretas na alimentação animal, nas pastagens”, “nas culturas de inverno, que não terminaram”, bem como “na fonte que não poderia ser semeada em nenhum caso”, e nas “terras irrigadas que têm um rendimento menor”. EFECOM

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Filipa Câmara

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