O Ministério Público de Portugal está a investigar o treinador da selecção nacional de futebol, Fernando Santos, e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) por alegada evasão fiscal, noticiou sexta-feira o semanário ‘Expresso’.
De acordo com a publicação, o Ministério Público está investigando supostos crimes fiscais devido ao sistema que Santos usava para receber seu salário de treinador.
A FPF pagou à Femacosa, empresa do treinador, que depois dividiu a quantia entre o próprio treinador e a sua equipa técnica.
As investigações que pontilham o treinador das “quinas” de 67 anos remontam ao passado mês de Maio, quando o jornal “Expresso” revelou que a administração fiscal portuguesa considerou que esta fórmula visava a evasão fiscal.
Os investigadores suspeitaram que a empresa era fictícia e descobriram que Santos reivindicava um salário equivalente a 70 mil euros por ano, apesar de ter recebido 10 milhões da FPF.
Por este motivo, a Tesouraria exigiu da gestora o pagamento de 4,5 milhões de euros em atraso relativos ao período entre 2016 e 2017.
A dívida foi paga, mas Santos recorreu da decisão, que foi rejeitada no início de outubro pelo Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) sob o argumento de que ele tinha que pagar imposto de renda pela remuneração individual (semelhante ao IRFP espanhol) como treinador nacional , e não imposto sobre as sociedades através desta empresa.
Fernando Santos é seleccionador nacional desde 2014 e conquistou o Euro 2016 em França e a Liga das Nações em 2018, os primeiros grandes troféus da selecção portuguesa.
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