O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, estimou que os dados de desemprego do terceiro trimestre do ano divulgados esta quinta-feira refletem que a economia espanhola “está paralisada”, já que há mais 60.800 desempregados num período que ” ainda é muito bom”, pois reflete o turismo de verão.
“O emprego parou e o desemprego está a aumentar”, lamentou no seu discurso no Global Youth Leadership Forum realizado em Santander, no qual, para além dos dados negativos da EPA, Feijóo referiu os Orçamentos Gerais do Estado (PGE) para 2023 apontando que “um orçamento que dependa de mais impostos, mais dívida e gastos públicos aprofunda a crise e provoca uma desaceleração do crescimento econômico”.
E é que, segundo ele, as medidas “úteis” são aquelas que estão aqui “para ficar” e que se baseiam em consensos e acordos, razão pela qual optou por um pacto de rendimentos como o acordado em Portugal. “Em Espanha temos tomado o caminho mais fácil, o do confronto, da divisão e da singularização, mas estou mais convencido do caminho mais difícil, que envolve negociar, acordar e unir”, declarou.
Assim, recomendou ao Presidente Pedro Sánchez que seguisse o exemplo de Portugal com o seu pacto de rendimentos que “dá estabilidade” ao país e que fizesse como o Primeiro-Ministro António Costa: deflacionar o IRS físico, incorporar benefícios fiscais para a contratação de jovens e o desempregados, redução de entraves burocráticos e aumento do salário mínimo interprofissional para os próximos quatro anos.
“É um manual de boas práticas. O de más práticas consiste em aumentar a dívida quando as taxas sobem e aumentar os impostos quando é necessário relançar a economia”, sublinhou, qualificando os pactos da Moncloa de “exemplo edificante” na acordo contra as “trocas” cujo único objetivo é que os governos com pactos “frágeis” sobrevivam.
E é que, para Feijóo, a PGE para 2023 “nem o governo acredita neles” porque têm “muita história e poucas contas”, como disse depois de referir os relatórios da AIReF e do Banco de Espanha , entre outros órgãos, que questionaram as previsões de crescimento econômico do executivo.
O líder “popular” defendeu na tribuna que o país rompesse as três dinâmicas negativas que a economia enfrenta: crescimento “insuficiente”, espiral inflacionária e dívida pública “exorbitante”.
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