No dia 12 de setembro foi apresentado o curso “Vigilância e Resposta a Mortalidade Materna e Perinatal”. Esta é a versão em português de um curso elaborado pelo Centro Latino-Americano de Perinatologia – Saúde da Mulher e Reprodutiva (CLAP/SMR) que visa promover a capacitação de profissionais de saúde na análise de óbitos maternos e perinatais, a fim de gerar respostas e políticas que reduzem a mortalidade evitável.
Após a abertura, onde foi destacada a oportunidade representada por esta formação em português, a diretora do Departamento de Saúde Materno-Infantil do Ministério da Saúde do Brasil, Lana Aguiar, apresentou dados do Brasil. Além disso, sublinhou a importância de identificar as causas das mortes maternas e infantis, bem como a necessidade de capacitar os profissionais. Por fim, reafirmou o compromisso do Brasil com esse tipo de iniciativa e propôs estender o curso a todos os estados do país para alcançar o maior alcance possível.
Por seu lado, Daisy Trovoada, conselheira da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os países de língua portuguesa, falou sobre a realidade dos países africanos de língua portuguesa. Nesse sentido, salientou que, embora se tenha verificado uma redução da mortalidade materna e perinatal, ainda existem países com taxas muito elevadas, mesmo superiores à média africana. Trovoada referiu que as causas mais frequentes de mortalidade materna são: hemorragias, doenças hipertensivas, sépsis e causas indirectas; enquanto no caso da mortalidade neonatal, as causas estão associadas a: prematuridade, asfixia perinatal, sepse e malformações congênitas. Além disso, mencionou os problemas existentes no registro de dados, o que impacta nas possibilidades de identificação das causas.
Francesca Palestra, Oficial Técnica da OPAS em Genebra, falou sobre o Ciclo de Vigilância e Resposta ao Óbito Materna e Perinatal (VRMMP) e a importância de ter um sistema VRMMP. Neste sentido, salientou a necessidade de capacitação e sublinhou a relevância da atualização contínua por parte de todo o pessoal de saúde.
O assessor regional de saúde neonatal do CLAP/SMR, Pablo Durán, referiu-se às ações que estão sendo desenvolvidas no escritório regional da OPAS e disse que é necessário mais trabalho no componente perinatal. Entre os aspectos a serem fortalecidos, ele menciona a necessidade de fortalecer os meios regulatórios; melhorar a qualidade dos dados; buscar uma abordagem multissetorial; e fortalecer o sistema de informação e capacitação da equipe de saúde.
Bremen De Mucio, Assessora Regional de Saúde Materna do CLAP/SMR, concentrou-se no conteúdo e foco do curso. Além disso, comentou sobre a possibilidade de fazê-lo em tempo real ou baixar o material para que cada um gerencie seu tempo de acordo com suas necessidades e depois faça o exame final no campus.
De Mucio também falou sobre o impacto e aceitação que este curso teve em outros idiomas, razão pela qual se espera que esta versão em português tenha um alcance significativo.
Por fim, convida a sugestões de melhoria, tanto ao nível dos conteúdos como da navegação, de forma a continuar a otimizar os recursos.
Antes de concluir, Gabriel Listovsky, coordenador regional do Campus Virtual de Saúde Pública da OPAS, mostrou como se inscrever e acessar o treinamento e anunciou os canais de comunicação em caso de problemas técnicos no campus da OPAS.
O encerramento do evento ficou a cargo da diretora do CLAP/SMR, Suzanne Serruya, que destacou a importância de contar com recursos em diferentes idiomas, convidou a conhecer os diversos cursos que o CLAP/SMR oferece no campus e exortou a divulgar esta formação através espaços diferentes.
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