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O parque começou a operar no início de outubro
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Tem capacidade de produção de 1 MW
O Brasil acaba de se tornar o primeiro país da América Latina a comissionar um parque solar flutuante. Estamos falando de um projeto 5 milhões de reais (cerca de 930 mil euros) que exigiu a instalação de 1.852 módulos numa área de 8.000 metros quadrados para proporcionar uma capacidade de produção de 1 MW.
De acordo com EPBR, a Ilha Solar está localizada no município de Roseira, no estado de São Paulo. Um dos aspectos mais marcantes da obra de engenharia é que ela foi realizada em uma pedreira esgotada. O seu enorme poço foi transformado numa barragem que hoje alberga milhares de painéis fotovoltaicos em funcionamento desde o início de Outubro.
Energia solar para atender às necessidades de uma unidade de mineração
Você pode estar se perguntando para onde irá a eletricidade produzida. A resposta é que será utilizado para satisfazer as necessidades energéticas de uma unidade mineira gerida pela Grupo AB Areias, gigante da mineração presente em diversas regiões do Brasil. A empresa afirma que a iniciativa faz parte de seus “planos de sustentabilidade”.
O grupo está convencido de que este projecto resultará numa redução das despesas com Energia elétrica. Na verdade, espera reproduzir esse mesmo projeto em outra de suas unidades mineiras, mais precisamente no Vale do Paraíba, embora não haja uma data definida para isso. De qualquer forma, a AB Areias não fez todo o trabalho individualmente.
A empresa F2B, especialista em projetos fotovoltaicos, foi responsável pela construção da ilha solar, estrutura capaz de suportar até 350 kg por metro quadrado. Além disso, explicam, oferece espaço para abrigar inversores e transformadores. Mas neste momento a tecnologia europeia também interveio.
A F2B, por sua vez, uniu forças com os italianos da Ilha NGR. Eles projetaram e construíram Sistemas fotovoltaicos em todo o mundo desde 2010. E embora a NGR Island não tenha intervindo diretamente no projeto, fê-lo através da sua tecnologia, que foi utilizada localmente pela F2B graças ao acordo.
Os parques solares flutuantes, em comparação com os parques tradicionais, oferecem muitas vantagens. Não ocupam espaço em terra, podem aproveitar a infraestrutura dos reservatórios, reduzem a evaporação da água e ainda prometem ter melhor desempenho. Talvez seja por isso que eles estão ganhando popularidade.
O Japão tem há vários anos um dos maiores parques solares do mundo em Kagoshima, Portugal está a fazer uma grande aposta nisso alternativa renovável, um movimento muito semelhante ao de Singapura. Na Espanha, Ministério da Transição Ecológica promove projeto de instalação de módulos fotovoltaicos em reservatórios.
Imagens: Grupo AB Areias
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