hDevemos admitir que não previmos isso, que aqueles que levaram sete no primeiro dia nos deixaram fora da Copa do Mundo por 120 segundos. O que era para ser uma caminhada para descansar virou um pesadelo na segunda parte, em que fomos eliminados. Contra as cordas contra Japão e Costa Rica. Inacreditável. Ver é crer. Por fim, fomos salvos pela Alemanha, que nos ofereceu o favor. Como caminhar escolhendo caminhos. E se fosse melhor ir para o lado marroquino, do que comer o Brasil em quartos… Esta noite de 1 de dezembro trouxe-nos de volta à Terra: somos justos.
Não há onde pegar a festa da Espanha. Tirando a sequência ininterrupta nos últimos 15 minutos, que ficou assim, apenas uma sequência ininterrupta, não há nada a salvar da equipa espanhola. E a noite ruim, não o sofrimento extremo, o viu chegando Luis Enrique, que já tinha uma raiva significativa na primeira parte.
Japão primeiro do grupo!
Os japoneses são assim: imprevisíveis. Eles se classificaram primeiro depois de vencer Alemanha e Espanha e perder para a Costa Rica. E com certeza se o rival de nocaute fosse o Brasil, eles também os derrubariam. Mas eles jogam contra a Croácia e o normal é que eles percam. Porque eles são assim. Contra a Alemanha, seu segundo tempo foi impressionante.
O que aconteceu, Luis Henrique?
A Espanha fez um jogo horrível, totalmente despojado de sua identidade. Jogo lento, previsível e sem qualquer intensidade defensiva. Um colapso coletivo que deve ser reparado com urgência em três dias, porque é impossível vencer alguém assim. Lado nem fácil nem difícil, com partidas como a do Japão será impossível.
Morata continua a marcar
Vamos lá, vamos fazer uma observação otimista: Morata continua fazendo gols. Marcou nas três partidas da primeira fase, o que um espanhol não fazia desde Zarra em 1950, e já é um dos artilheiros deste Mundial. Substituído a 25 minutos do final, ele ficou de fora na reta final, pois na hora de pendurar as bolas ele está sempre presente. A mudança, com certeza, deveu-se ao desconforto.
No momento da verdade, Ansu Fati
Luis Enrique pode não ver bem, mas confia no seu talento. Porque assim que ele se viu excluído da Copa do Mundo, ele se desesperou. O garoto tem mais gols do que qualquer um e pelo menos assustou um pouco o Japão na reta final. Claro, quem sabe o que pensou o jogador do Bara quando, depois de um minuto sem jogar nas duas primeiras partidas, o técnico o pegou e disse: “Vamos, me coloque de volta na Copa do Mundo, por favor.”
Vamos, sejamos otimistas com as travessias
Dissemos a nós mesmos que jogando assim, nem lado fácil nem lado difícil. Mas vamos sonhar. Vamos confiar que o time está consertado. Bem, fomos da Croácia, Brasil e Argentina para Marrocos, Portugal ou Gana e França ou Inglaterra. O caminho, mais simples, parece.
O futebol não pode ser apenas tecnológico
É muito bom avançar, mas o futebol deixa tudo para a tecnologia e são tomadas decisões que não fazem sentido. A disputa de pênaltis da Argentina, a da Croácia ou a bola que saiu do Japão na vitória por 2 a 1 sobre a Espanha. Essa bola está fora de questão, por mais que um chip indique que um milímetro do ventre da bola está em jogo.
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