O PS admite ter criado um regime especial para que os judeus sefarditas de origem portuguesa continuem a obter a nacionalidade em condições privilegiadas, mas vai pôr fim ao actual regime, criado em 2013, que confere a naturalização com base em laços históricos e patrimoniais . Em vez de dois a cinco anos de residência em território nacional, que é uma das regras para qualquer imigrante obter a nacionalidade portuguesa, os socialistas previram que os descendentes de judeus sefarditas só precisassem de três anos.
Tal como anunciou o socialista Pedro Delgado, Alves não debate esta sexta feira a proposta do Governo para leitura que prevê o fim do regime especial para os sefarditas em 31 de dezembro deste ano. O diploma foi aprovado e, como está no Parlamento desde abril, é certo que este prazo será alargado para discussões na especialidade, como notícias do PÚBLICO. Ainda não se sabe qual será o limite fixado pelo PS, mas a Iniciativa Liberal anunciou que defenderá o acréscimo durante um ano, ou seja, até ao final de 2024. A proposta do projeto de lei foi aprovada com votos a favor do PS e do Bloco, com a abstenção do Chega, IL e Livre; O PSD e o PCP votarão contra.
Pelo caminho, mais uma vez, o projecto do PCP terminaria imediatamente com o regime especial de reparação histórica que durará dez anos. Votam nos comunistas, o Bloco e três deputados do PS (Joana Sá Pereira, Cláudia Santos e Bruno Aragão) e dois socialistas e liberais abstêm-se (porque vocês dois, eu não os financio, vocês são a favor do fim do regime ), mas vota contra o PSD, Chega e Livre e a socialista Maria João Castro.
O projeto também foi rejeitado pelo Chega, como voto contra todos os outros partidos, que aumenta o tempo de residência em Portugal necessário para conceder a nacionalidade aos filhos de imigrantes e propõe ainda o adiamento de dois cinco anos de residência em Portugal. território, o pedido de atribuição de nacionalidade só se inicia a partir do momento em que reside legalmente no país e não a partir do momento em que aí se encontra.
Sem debate, o PSD, a IL e o Bloco criticarão o fim brutal do regime, defendendo um prazo mais longo entre a aprovação final da lei e o prazo final.
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