Longevidade de pai para filho

Javi Guerra deu um passo reservado para poucos atletas no último domingo em Zaragoza, tornando-se o dominador da maratona da Espanha na última década, conquistando sua quarta vitória nacional aos 39 anos. Ou seja, enquanto outros atletas se retiraram da alta competição por anos, o segoviano não só se mantém na elite, como voltou ao topo após uma temporada irregular de 2022 e após a vitória na capital, agora tem seu próximo objetivo em mente, a maratona de Sevilha, onde terá a chance de ganhar novamente a passagem para os Jogos Olímpicos.

Embora a longevidade em atletas de longa distância tenda a ser mais ou menos frequente, o caso de Javi Guerra não é isento, porque o segóvia a carrega em seus genes. E é que vendo ‘Guerrita’ levantar os braços na maratona, os bons fãs do atletismo certamente se lembraram de seu pai Francisco ‘Paco’ Guerra González, que em 1993, já com 35 anos, conseguiu vencer o campeonato espanhol de cross-country para os grandes nomes da especialidade em um circuito lamacento em Amorebieta.
Paco, que deixou o atletismo na década de 1980 para voltar a ele sete anos depois, estendeu sua carreira esportiva depois dos 40 anos em um nível tão alto que nessa idade foi internacional com a equipe Espanhola de Atletismo durante o Campeonato Europeu de Cross-Country organizado. na cidade portuguesa de Oleiros. Obviamente, atingir a marca dos 51 anos que o caminhante Jesus Ángel García Bragado transformou na elite é uma utopia, mas a lista de atletas que chegaram aos 40 anos na elite de sua modalidade não é muito longa.

Javi já está de olho na Maratona de Sevilha 2024, com o objetivo de se classificar para os Jogos

E é precisamente nesta lista que se pretende incluir Javi Guerra. Se la salud se lo permitir, el ‘abuelete’ (como el mismo se denomina) estará em nome do inscrito na maratona de Sevilla que será celebrada no mês de febrero de 2024 e no que o segoviano defenderá o título de campeón da Espanha. A essa altura, ele terá 40 anos e tentará “queimar a última bala”, como apontou após a corrida de Zaragoza, para garantir uma vaga nas Olimpíadas de Paris, que serão realizadas no verão de 2024. Assim Assim igualará a marca de seu pai, que há uns bons anos, quando estava em plena atividade, já alertava nas páginas deste jornal que “atrás de mim vem meu filho Javier, que vai ser muito melhor que eu”. . E já ficou claro que essas palavras não eram apenas amor paterno.

Francisco Araújo

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