Lula continua em Portugal com seu retorno ao cenário internacional

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou esta sexta-feira a Portugal, ex-potência colonial que o Brasil considera um interlocutor privilegiado, para uma mini-turnê que o levará também a Espanha.

“Esta viagem faz parte da reativação das relações diplomáticas do Brasil com seus principais parceiros, como aconteceu na visita à China há dez dias, depois dos Estados Unidos, Argentina e Estados Unidos. Uruguai no início deste governo”, disse. disse a presidência brasileira. .

O ícone da esquerda latino-americana, que mais tarde visitará a Espanha, prometeu colocar seu país de volta no centro da geopolítica global, após o relativo isolamento sob o mandato de seu antecessor de extrema-direita, Jair Bolsonaro (2019-2022).

Lula, ex-metalúrgico de 77 anos que já comandou o Brasil entre 2003 e 2010, desembarcou em Lisboa no meio da manhã, mas sua visita de Estado só começa no sábado, com encontros com o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro socialista Ministro Antonio Costa.

Coincidindo com a 13ª cimeira luso-brasileira, a primeira em sete anos, serão assinados uma dezena de acordos bilaterais, nomeadamente nas áreas da energia, ciência, educação e turismo.

Na segunda-feira, após encontro com empresários no Porto (norte), Lula participará da entrega do Prêmio Camões, a mais alta distinção da literatura de língua portuguesa, que desta vez é entregue ao famoso cantor e autor brasileiro Chico Buarque.

– Controvérsia sobre a Ucrânia –

Antes de voar para Madri na terça-feira, ele discursará no parlamento português em uma sessão antes das comemorações do 49º aniversário da Revolução dos Cravos, que pôs fim a 48 anos de ditadura e 13 anos de guerras coloniais na África.

A recente viagem de Lula à China, com escala nos Emirados Árabes Unidos, foi marcada por comentários polêmicos sobre o conflito na Ucrânia, tema espinhoso que também será discutido durante o encontro com o chefe do governo português.

No último sábado, Lula gerou polêmica durante sua estada em Pequim ao pedir aos Estados Unidos que parem de “incentivar a guerra” na Ucrânia e à União Européia para “começar a falar de paz”.

Suas declarações foram duramente criticadas por Washington, que o acusou de “repetir a propaganda russa e chinesa sem levar em conta os fatos”.

Lula também reiterou que as responsabilidades pela guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 são compartilhadas entre os dois países.

Na segunda-feira passada, ele também recebeu em Brasília o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que “agradeceu” o Brasil pela “contribuição” na busca de uma solução para o conflito e pela “excelente compreensão da gênese dessa situação”.

Lula, porém, mudou de tom na terça-feira, condenando a “violação da integridade territorial da Ucrânia” pela Rússia.

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Cristiano Cunha

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