Terão ouvido constantemente que o homem é o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra. Essas oportunidades, em alguns casos, estão aumentando. Como o tamanho das rochas, que podem se tornar rochas reais. Figurativo, mas nem por isso menos doloroso. Marcos Marquez sabe alguma coisa desses percalços recorrentes, tudo por causa de algum lesões que o fizeram viver uma provação permanente por três anos.
Ele Grande Prêmio das Américas Esta é a nova data no calendário de MotoGP que não terá a competição do ilerdense. Já são duas provas consecutivas deste Mundial em que o ’93’ não consegue entrar na sua Funda, devido aos problemas físicos que se arrastam desde Portugal. Depois, teve que desistir ao cair em uma largada muito acidentada durante a qual colidiu com Jorge Martín e o português Miguel Oliveira.
Com o ocorrido, Márquez não teve outra opção a não ser operar o polegar da mão direita, que acabou fraturando. Já perdeu o Grande Prêmio da Argentina e agora também não estará em Austin: “O osso ainda está em processo de consolidação e é melhor não arriscar”, revelou o espanhol.
Assim, o hexacampeão mundial de MotoGP vai continuar a sua reabilitação até a lesão estar totalmente curada. Um trabalho em doca seca a que, infelizmente para os seus interesses, Márquez está mais do que habituado há demasiado tempo.
Este ciclo negativo do qual o mais velho da família Márquez não consegue sair, apesar de seus constantes esforços, começou no Grande Prêmio de Jerez 2020. Foi a primeira corrida desta temporada atípica por causa do coronavírus e Marc fraturou úmero de seu braço direito. Sem saber então, essa lesão se tornaria o pior pesadelo de sua carreira e esse ano de competição acabou para ele: teve que passar por até duas cirurgias e não jogou mais eventos.
Já em 2021, estreou-se no Mundial no Grande Prémio de Portugal (anteriormente não esteve nem no Qatar nem em Doha), onde terminou em sétimo. Mais tarde, ele terminou em nono no Grande Prêmio da Espanha e somou três abandonos consecutivos devido a quedas (França, Itália e Catalunha). Na Alemanha, Márquez parecia ver luz no fim do túnel ao ganhar uma corrida 581 dias depoismas não garantiu a continuidade entre os melhores: sétimo na Holanda, oitavo na Estíria, décimo quinto na Áustria e forçado a abandonar devido a outra queda na Grã-Bretanha.
Sua última etapa do percurso foi muito melhor: segundo em Aragão, quarto em San Marino e vencedor consecutivo nas Américas e Emilia-Romagna. No entanto, teve de desistir dos últimos dois Grandes Prémios (Algarve e Comunidade Valenciana) depois de sofrer um acidente enquanto praticava motocross.
O passado 2022, Marc Márquez começou o ano com um quinto lugar no Qatar. Embora, mais uma vez, tenha sido forçado a descer da moto devido a uma queda muito espetacular na aquecimento do Grande Prêmio da Indonésia, que o levou a voar dois metros e sofrer um diplopia (visão dupla). Resultado? Mais duas corridas (a da Indonésia e a da Argentina) sem o espanhol. Uma vez recuperado, ele acorrentou cinco Grandes Prêmios consecutivos (sexto nas Américas e em Portugal, quarto na Espanha, sexto na França e décimo na Itália) até que o úmero voltou a atormentá-lo.
Tanto que Márquez teve que tendo a cirurgia pela quarta vez e não conseguiu pilotar a Honda na Catalunha, Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha, Áustria e San Marino. Uma vez recuperado, sofreu um acidente que o obrigou a retirar-se em Aragão, embora tenha conseguido terminar o resto da temporada: quarto no Japão, quinto na Tailândia, segundo na Austrália, sétimo na Malásia e desistiu (no outono) na Comunidade Valenciana.
Se somarmos a tudo isto o abandono no início do estágio de 2023 em Portugal, vemos que Marc Márquez mal conseguiu correr 28 das 54 corridas organizadas desde 2020 no MotoGP. Ou seja: jogou apenas pela metade (51,85%).
Como se não bastassem as dores de cabeça com a lesão, Márquez não se livra de outra preocupação: o que fazer com a Honda. As dúvidas sobre a sua continuidade na equipa estão aí, já que a marca japonesa lhe prometeu uma mota para voltar a lutar pelo título e a realidade é que ainda não chegou.
Com o ducati Dominando a Copa do Mundo, a paciência de 93 pode acabar em um futuro não muito distante. Certa vez, ele disse a seu chefe recentemente: “Você viu isso? Não é para se divertir, é para ganhar. Eu quero voltar com você, mas se não for com você, eu vou recuperar minha vida”. O rio começou a badalar, como também atestou o ex-piloto Jorge Lorenzo nos últimos dias.
“No momento, ele tem uma votação difícil. provavelmente tem A pior Honda em muito tempomas como vimos ele quer continuar mostrando que pode vencer, mesmo com uma moto tão inferior”, disse em a longarina do canal BE Ex-parceiro e rival de Marquez. “O que não sei é se as coisas continuarem assim e ele continuar a ter uma moto tão difícil como a Honda, se vai continuar por muito tempo na equipa”, acrescentou o espanhol.
Lorenzo não poderia ter sido mais direto na entrevista: “As coisas mudaram e agora a Ducati é tão superior que mesmo um Márquez, que para mim ainda é o melhor piloto, não consegue vencê-los.” A partir de agora, caberá ao seu velho conhecido avaliar, quando será necessário abordar a sua renovação (tem contrato com a Honda até 2024), o que mais o compensa. Seja para aceitar a oferta de sua equipe atual (que talvez pudesse lhe conceder um bom negócio e mais dinheiro, sem excluir também a melhoria esportiva) ou procurar uma moto vencedora de outra marca.
Nestes dilemas pensa agora Marc Márquez que, aliás, ainda não sabe se vai enfrentar o próximo Grande Prémio, que disputa em igualdade de condições. É tudo devido a uma sanção para ele dobro penalidade de volta longa: passar por uma via situada numa brecha do asfalto e delimitada por linhas brancas a evitar, o que faz com que quem a atravesse perca cerca de dois segundos.
A Honda recorreu e está confiante em ganhar o negócio, já que Márquez assinou que cumprirá o dobro penalidade de volta longa Na Argentina, acabou não fazendo parte do jogo e a FIM, apesar do que foi assinado, mudou a sanção. Se a chamada for bem-sucedida, seria apreciado: é claro que as boas notícias não têm abundado ultimamente para a grande referência do motociclismo espanhol.
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