MNE português diz que reconstituição do Estado da Palestina ‘é algo que deve acontecer’

Portugal considera que a reconstituição do Estado da Palestina “é algo que deve acontecer”, mas em coordenação com “parceiros próximos” e num “momento com consequências para a paz”, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.

“Pensamos no reconhecimento não como algo que pode acontecer, mas como algo que deve acontecer, sendo um momento indefinido ou o momento correto em que deve acontecer”, afirmou João Gomes Cravinho, sobre a posição do atual chefe do governo espanhol. do Conselho da União Europeia (UE), Pedro Sánchez, que admitiu a possibilidade de Espanha reconsolidar unilateralmente o Estado palestiniano, fora da UE e de outros estados membros do bloco comunitário.

“Temos essa disponibilidade, faz mais sentido usar esta carta, que só pode ser jogada uma vez, de forma a ter impacto e, para ter impacto, é aconselhável ter alguma coordenação com parceiros mais próximos”, indicou o O chefe da diplomacia portuguesa, que falou por telefone com a Lusa à margem da reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que decorre hoje e na sexta feira em Skopje, na Macedónia do Norte.

Gomes Cravinho comentou que “não haverá reconfirmação colectiva” da UE, porque “países diferentes têm posições diferentes”, mas, mais importante, “poderia haver uma reconfirmação de cinco ou seis países europeus e aí não faria sentido Portugal vai participar no movimento ness.

Saber mais:

Luxemburgo e Portugal contra a retirada da ajuda humanitária aos palestinianos

Viva “uma emergência completamente diferente”

Neste sentido, as condições desta reconfirmação foram discutidas, em janeiro deste ano, com “colegas do Luxemburgo, Irlanda, Eslovénia e Bélgica”, e o parlamento português manifestou a disponibilidade de Portugal.

Por outro lado, o ministro cessante que teria tido tempo para assumir este cargo deveria ser muito escolhido.

“Há um momento importante, que terá consequências em termos de promoção da paz no Médio Oriente” e para a “dinâmica de dois Estados” – Israel e Palestina, acrescentou.

“O que nos parece importante é que haja condições para começar a discutir aqueles que são apenas problemas que todos conhecemos: a falta de continuidade do território palestiniano, ou o estatuto de Jerusalém Oriental. “Existem apenas problemas diferentes, que sempre foram os mesmos”, disse ele.

Agora há “uma urgência completamente diferente, na medida em que todos reconhecemos que os terríveis e horríveis acontecimentos das últimas semanas acontecerão novamente se não tivermos uma solução política para isto”. senso.”

A posição de Portugal sobre a reconstituição do Estado da Palestina “é de grande continuidade”, declarou, resumindo: “Somos muito favoráveis ​​a isso”.

Saber mais:

Protestos no Luxemburgo e em várias cidades europeias exigem dois ataques a Gaza

Em dezembro de 2014, o Parlamento português aprovou, com os votos do PSD, PS e CDS-PP, um projeto de resolução maioritário apoiado pelo governo liderado por Pedro Passos Coelho e pela bancada socialista, apelando ao executivo para “reconquistar”, em coordenação com a União Europeia ou o Estado da Palestina como Estado independente e soberano, de acordo com os princípios estabelecidos pelo direito internacional.

Suzana Leite

"Estudioso de viagens do mal. Totalmente viciado em café. Escritor. Fanático por mídia social. Estudante amigo dos hipsters."

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *