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Existe um ditado popular: “Se minha avó tivesse bigode, ela seria meu avô”. É verdade, o fato é irrefutável. Pode parecer uma perda de tempo analisar questões irrealistas com um, e se…? O que aconteceu, aconteceu, cantou Daddy Yankee e nada pode ser revertido para mudar um fato. Dito isso, o que teria acontecido se Pecco Bagnaia não tivesse deixado sua marca na Argentina e no GP das Américas? O italiano caiu no GP da Itália, sexta rodada da MotoGP (campeonato que é vivenciado pela Star+), e lidera o Campeonato do Mundo com 21 pontos de vantagem sobre Marco Bezzecchi, oitavo em Mugello.
O campeão mundial conquistou sua terceira vitória em seis corridas, com uma eficiência fantástica de 50%. Bagnaia tem algum rival no ano fiscal de 2023? Sim Peco. Se o mesmo. E é aí que teria acontecido se…? As quedas inusitadas que sofreu em Termas de Río Hondo e Austin fizeram com que perdesse 45 pontos no torneio. Na prova sul-americana, o italiano era segundo ao cair. E na pista americana, ele venceu! Com esta safra, o piloto oficial da equipe Ducati tiraria 67 pontos de Bezzecchi, já o piloto da equipe Valentino Rossi teria marcado um a menos no Texas (ganhou uma vaga devido ao abandono de Bagnaia). Obviamente, o principal rival de Pecco é Pecco. Tudo o que acontece na Copa nos dias de hoje é de responsabilidade exclusiva do Bagnaia. E o resto?
A KTM tem ameaçado em um ponto, mas não precisa seguir a Ducati, a marca dominante do torneio. O pódio Mugello Ducatista mostra-o, porque Jorge Martín e Johann Zarco foram os acompanhantes com as motos italianas Pramac. Na classificação, cinco das sete primeiras são Ducati, com as duas motos austríacas com Brad Binder em quarto e Jack Miller em sétimo. Yamaha? Em outro planeta, a marca do diapasão terá que trabalhar muito para dar a Fabio Quartararo e Franco Morbidelli uma moto competitiva. Funda? Melhorou com o regresso de Marc Márquez e a estreia do chassis Kalex. Claro que para entrar em discussão sobre algo, o hexacampeão tem que passar dos limites e quase sempre cair no chão, como aconteceu na Itália. Se tinha alguma esperança de lutar pela sétima estrela do MotoGP em 2023, Mugello acabou por enterrá-la (estava a 116 pontos de Pecco). É verdade que faltou a duas consultas por causa de uma fractura na mão direita que ocorreu a seguir… Sim, uma brincadeira. Aprilia? Encerrou um ano de 2022 muito bom, começou 2023 com entusiasmo, mas esmoreceu. Então, Pecco tem algum rival? Sim, eu mordo.
As outras Ducati são as mais próximas do italiano. Mas com nuances. Porque seu companheiro de equipe Enea Bastianini perdeu cinco corridas após a fratura da omoplata direita que sofreu durante o sprint em Portugal. O piloto de Rimini acaba de voltar para o evento italiano. Assim, Bezzecchi, com a moto da equipe do Doctor, vestiu a camisa do competidor. Mas em Mugello ele sofreu com o ritmo ruim e não conseguiu somar bem. Pramac? Jorge Martín é terceiro no torneio e seu contrato termina no final do ano. O espanhol sonhava com a vaga que Bastianini conquistou na máquina vermelha e vai querer mostrar ao mundo seu nível para ganhar uma entrada direta em uma equipe de fábrica. Mas o principal rival de Pecco é Pecco.
Bagnaia deve limitar seus erros. Se o fizer, não terá rivais para conquistar seu bicampeonato mundial. A Itália abriu uma série de três fins de semana consecutivos de corrida, que terminará com Alemanha e Holanda. Em Mugello, o monarca foi casa cheia e levou os 37 pontos que cada data põe em causa (12 do sprint e 25 da principal competição). Depois de Assen, o campeonato terá uma pausa de verão de 40 dias. Se Pecco não falhar, pode sair de férias depois de Assen com uma vantagem que lhe dará uma enorme tranquilidade. Vai depender dele.
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