Um ano depois do incêndio que destruiu parte das suas instalações e obrigou ao seu encerramento, o Museu da Língua Portuguesa, no centro de São Paulo, iniciou esta semana a sua reconstrução para reabrir em 2019.
Era uma das instituições mais visitadas do Brasil e referência na língua portuguesa antes de, no dia 21 de dezembro de 2015, um curto-circuito iniciar um incêndio que custou a vida de um segurança e deixou o prédio parcialmente destruído.
A restauração deste museu do estado de São Paulo – localizado na estação ferroviária da Luz, que data do século XIX e continua em funcionamento até hoje – custará 65 milhões de reais (cerca de US$ 20 milhões) cobertos por seguradoras e empresas privadas. .
“Desde esta semana iniciamos os trabalhos de restauração nas fachadas, esquadrias e paredes”, explicou o secretário de Cultura do Estado de São Paulo, José Roberto Sadek.
As obras seguirão modelos de sustentabilidade, como a poupança de água ou a utilização de materiais menos hostis ao ambiente, pelo que receberão a certificação LEED, atribuída pela ONG norte-americana US Green Building Council, acrescentou.
E em 2018, paralelamente aos trabalhos, terão início os trabalhos dedicados às exposições.
Para contar a história da língua, como ela varia em cada um dos países onde é falada ou como continua a evoluir, o museu exibiu principalmente conteúdos multimédia suportados, portanto salvos das chamas.
“O conteúdo não foi perdido, mas o equipamento que o exibiu sim. De qualquer forma, vamos aproveitar agora para revisar um pouco o material”, afirmou o secretário. “É um museu muito importante para os falantes de português, o Brasil é o país mais populoso de todos aqueles que falam esta língua”, acrescentou.
“É por isso que realmente precisamos disso.” É uma das que mais recebe visitas, não só de turistas mas também de muitos estudantes. Além disso, tanto quanto sabemos, é o único museu do mundo inteiramente dedicado a uma única língua”, sublinhou.
Os países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, cuja população ultrapassa os 220 milhões de habitantes, são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Segundo seu site, custou na época 37 milhões de reais tanto para o desenvolvimento do acervo quanto para a restauração e adaptação do prédio. (F)
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