Lisboa, Portugal.- Uma portuguesa, cujo marido morreu em 2019 de cancro, deu à luz a um bebé a 17 de abril, utilizando o esperma criopreservado do marido, constituindo um marco científico e jurídico no mundo.
Conheça Ángela Ferreira, a mulher que liderou o movimento para legalizar a inseminação post mortem em Portugal, deu à luz Guilherme após usar esperma criopreservada pelo marido. “Hoje nosso mundo se tornou mais iluminado. Guilherme nasceu às 11h09 com 3.915 kg e 50,5 cm. Ele é uma criança saudável. Obrigada, meu amor, Hugo Neves Ferreira, por me escolher para esse sonho!”, escreveu Ángela em suas redes sociais.
Ángela Ferreira liderou uma batalha em Portugal para legalizar a inseminação post mortem após a morte do marido Hugo em 2019 e deixou por escrito o desejo de que a mulher tenha um filho com esperma que criopreservara durante a vida.
A história foi revelada em 2020 numa série documental do canal português TVI e conseguiu mobilizar mais de cem mil pessoas para assinarem uma petição que vai ser discutida no parlamento português.
Depois de vários projetos de diferentes partidos e acompanhados de um veto presidencial, a inseminação post mortem finalmente entrou em vigor em Portugal em novembro de 2021. Em fevereiro de 2023, Ángela Ferreira tornou pública a sua gravidez através das redes sociais.
O padrão permite que uma mulher seja inseminada com o material genético de seu parceiro falecido “em caso de planos parentais expressamente consentidos” e no prazo compreendido entre seis meses e três anos após o falecimento. Se do processo resultar o nascimento de um bebê, este é considerado filho do falecido no plano legal. (O ARAUTO)
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