Núcleo feminino da PJ Catamarqueo homenageou “Evita” por ocasião do seu 104º aniversário

A Seção Feminina do Partido Justicialista de Catamarca prestou hoje sinceras homenagens a María Eva Duarte de Perón, a Evita, por ocasião do 104º aniversário de seu nascimento.

O evento aconteceu na tradicional Plaza de La Estación, em frente ao Palácio Municipal desta Capital, a partir das 18h30.

Perfil de Evita, líder espiritual da Nação

Em 7 de maio de 1919, Maria Eva Duarte nasceu em Los Toldos (província de Buenos Aires).

Aos 15 anos iniciou sua carreira artística, mudando-se para Buenos Aires em 1934. Dez anos depois, conheceu o coronel Juan Domingo Perón, com quem se casou em dezembro de 1945.

Após a posse presidencial do marido, Evita passou a desempenhar um papel muito ativo no governo, tornando-se a líder mais querida das classes trabalhadoras, a quem chamava de “meu querido sem camisa” e de quem se beneficiava por meio de seu trabalho. Em 26 de julho de 1952, em aos 33 anos, ele morreu de um câncer súbito.

Evita abriu o palco definitivo para as mulheres na vida política

Eva Duarte de Perón, a mulher mais importante da história argentina, experimentou um crescimento político incomum, que foi a semente da violência que continua até hoje contra as mulheres.

Eva Duarte de Perón retorna de uma turnê pela Europa. Estamos em agosto de 1947 e ela não é mais a mesma de quando partiu. Lá foi recebida como Chefe de Estado e durante a sua passagem por Portugal, Espanha e França propôs soluções alimentares, manteve encontros com os mais importantes políticos e ainda impediu Francisco Franco de disparar contra um activista do Partido Comunista Espanhol.

Essa reviravolta na história de Evita colocou em alerta a oligarquia argentina, que desde sua chegada à vida de Perón a observava com desconfiança. E ainda mais, conseguiu modificar o eterno anonimato das grandes mulheres da história argentina, por trás da figura de um homem.

Evita despertou entre trabalhadores e mulheres dos setores populares uma paixão única que era incontrolável, mas não inexplicável. Isso a tornou um alvo permanente de violência e ódio que a colocaram no centro até sua morte.

Ele nunca ocupou um cargo oficial no governo nacional. Sua ação cresceu a partir da Fundação Eva Perón e do Partido Peronista Feminino formado em 1949, ano em que conseguiu a aprovação da lei do sufrágio feminino, luta que vinha desde o início deste século, mas cujo tratamento e aprovação Foi possível dentro do governo peronista.

Odiada, esta mulher nascida em 7 de maio de 1919 em Los Toldos, província de Buenos Aires, foi durante seus anos de vida política o elo do governo com os sindicatos e a interlocutora no mundo político da cidade, onde seus torsos nus e onde ela era o porta-estandarte dos humildes.

Embora ela nunca tenha se reconhecido como feminista e o feminismo da época não a chamasse para suas fileiras, foi Evita Perón quem abriu o caminho e tornou a participação das mulheres na vida política argentina uma realidade tangível.

Este protagonismo na história argentina le vali a Evita no slo las paredes pintadas con aquella lamentavelmente famosa frase Viva el cncer, mas também uma violência indita sóbria su mismo cadver, que tuvo ante todo una carga disciplinadora para la clase obrera, pero sobre todo para as mulheres.

mulher humilde e politica

Cento e quatro anos depois, as mulheres continuam sendo alvo da mais atroz violência política.

Milagro Salas presa ilegalmente em Jujuy pelo governo radical, Cristina Fernández de Kirchner foragido e vítima de atentado contra a vida são dois exemplos extremos dessa violência que é desencadeada principalmente contra mulheres líderes de setores populares. A questão é qual mulher gostaria de participar depois de toda essa violência? Felizmente, a resposta é nenhum dos dois. Hoje, são milhares de mulheres que têm uma participação vital na construção política de sindicatos e organizações sociais.

O modus operandi é sempre o mesmo: visar a família, falar da vida privada e disciplinar através da intervenção do corpo. Esta violência, que aumentou enormemente nos últimos tempos, anda de mãos dadas com o aumento da participação das mulheres na vida política e com a conquista de direitos através da organização.

Mas e a liderança e a possibilidade de que sejam as mulheres que venham a ocupar cargos que realmente mudem a vida dos argentinos?

Segundo relatório elaborado pelo Ministério do Interior por meio da Subsecretaria de Assuntos Políticos, com a aplicação da lei de paridade nas eleições nacionais de 2021, as deputadas representam 45% da câmara baixa e as senadoras representam 43% dos assentos na Assembleia Nacional Congresso.

O discurso de ódio e a estigmatização das mulheres na política têm abundado ultimamente, porém, com Evita como líder, os movimentos feministas conseguiram dar um passo mais definitivo contra a desigualdade.

Alex Gouveia

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