O mundo empresarial português está a explodir devido a anos e anos de incompetência do governo português relativamente à decisão de construir um novo aeroporto para Lisboa. Enquanto o Porto vive um boom turístico graças a um excelente aeroporto e, claro, às magníficas condições da cidade, Lisboa arrasta-se sem um futuro claro (a TAP obtém lucros recordes nas vésperas da sua privatização).
Tudo isto começa a tornar-se cada vez mais insuportável, porque a privatização da companhia aérea nacional TAP corre perigo se não houver uma definição clara a este respeito. Os candidatos à aquisição da empresa disseram que, com esse fardo, ninguém colocaria dinheiro na mesa.
Já são 50 anos de reclamações e protestos contra um aeroporto, o de Lisboa, absolutamente incapaz de dar resposta à procura e situado numa localização central e inviável. Durante 50 anos, as autoridades tomaram medidas para construir um novo aeroporto, que acabam sempre mal.
Nesta mesma semana, uma comissão deverá apresentar um relatório encomendado pelo governo com a enésima solução para a crise aeroportuária. Os hoteleiros e as agências de viagens pedem mais do que uma solução porque já é insuportável. “Queremos um plano B, para já, e um plano C em caso de dúvida”, sublinham os hoteleiros, indignados com a situação.
Enfrentamos agora outro atraso, desta vez de vários meses, porque o relatório da comissão está aí, mas não o governo, uma vez que o presidente se demitiu e haverá eleições em Março.
A comissão deve decidir sobre as cinco opções consideradas pelo governo: Portela, o atual aeroporto, acrescentando o Montijo, uma base aérea um pouco distante da capital; Montijo como primeiro aeroporto e Portela como apoio; Alcochete, um terceiro enclave; Portela e Santarém ou Santarém sozinha. O governo aceitou novas ideias e a comissão incorporou Portela com Alcochete no apoio, Portela e Pegões, Rio Frio e Poceirão e Pegões. Em outras palavras, uma ampla gama de opções.
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