O Parlamento português rejeitou a iniciativa de reconhecer Edmundo González como presidente eleito


11/05/2021 Assembleia da República de Portugal. POLÍTICA EUROPA INTERNACIONAL PORTUGALPEDRO FIUZA / ZUMA PRESS / CONTACTOPHOTO

Ele Parlamento de Portugal Nesta sexta-feira, rejeitou projeto de resolução que visava reconhecer a oposição venezuelana Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais no seu país.

A proposta, apresentada pelo grupo Iniciativa Liberal (IL), foi apoiada apenas por este partido e pelo partido de extrema-direita Chega, enquanto o Partido Social Democrata (PSD, no poder), o Partido Socialista (PS) e o Partido Comunista Português votaram contra (PCP), o Bloco de Esquerda e o Livro Ecologista.

Os democratas-cristãos CDS-PP, parceiro do PSD no governo, e o partido animalista PAN abstiveram-se.

Alguns deputados quebraram a disciplina partidária e votaram de forma diferente da maioria dos seus partidos, como três que se abstiveram do PSD e quatro socialistas – dois que apoiaram a proposta e um que se absteve.

Por outro lado, a Assembleia da República (Parlamento) unicameral aprovou uma recomendação ao Governo, proposta pelo PSD, contra o reconhecimento da vitória do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nas eleições de julho e para defender com o L A União Europeia (UE) e a comunidade internacional “acabam com as violações dos direitos humanos” neste país.

Esta iniciativa contou com o apoio de todos os partidos, com excepção do PCP.

Outras resoluções relacionadas com a Venezuela que receberam luz verde da Câmara incluem a apresentada pelo Chega, que insta o executivo português a adotar medidas para defender a democracia no país latino-americano; e outro do Bloco de Esquerda, a favor do respeito à vontade do povo venezuelano e aos seus direitos.

Da mesma forma, foi aprovado um texto do Livro que apela ao “respeito ao direito internacional e à integridade territorial da Venezuela”.

Além do projecto da TI, foi rejeitado outro do PCP que apela ao respeito “da soberania da República Bolivariana da Venezuela”.

O governo português não reconhece Maduro como presidente reeleito da Venezuela porque os resultados eleitorais não foram publicados, mas não reconheceu expressamente González Urrutia como o vencedor das eleições presidenciais.

Entre quarta e quinta-feira, uma delegação de opositores venezuelanos, liderada pelo antigo presidente da Câmara de Caracas, Antonio Ledezma, deslocou-se a Lisboa para manter contactos com os grupos parlamentares portugueses, a fim de procurar apoio à resolução da IL que propunha reconhecer González Urrutia como presidente eleito . Venezuela.

Na semana passada, Ledezma esteve com González Urrutia em Portugal, onde se encontraram com o primeiro-ministro e chefe das relações exteriores do país. EFE

Alex Gouveia

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