O PCP acredita que ainda existem condições para avançar com a reprivatização da TAP – Empresas

O secretário-geral do PCP descreve a reprivatização da TAP como um “crime económico e político”.

O secretário-geral do PCP considera que ainda existem condições para avançar com a reprivatização da TAP, que é descrita como um “crime económico e político”, invocando o veto do Presidente da República no decreto-lei do Governo.

“Temos a certeza absoluta de que haverá mais pessoas que pensam como nós e que haverá mais espaço para prolongar esta luta e que ainda há condições para enfrentar este crime económico e político que está a ser privatizado pela TAP”, declarou Paulo Raimundo , no auditório dos Bombeiros Voluntários de Sacavém, no concelho de Loures, distrito de Lisboa.

O secretário-geral do PCP, que falava no encerramento de uma reunião nacional do partido sobre a protecção civil, abordou também a questão do Imposto Único de Circulação (IUC), manifestando a sua convicção de que “o actual aumento do IUC será eliminado’. “O governo tentará reconsiderar esta medida.” Na sua intervenção, Paulo Raimundo defendeu um reforço das palavras e dos meios para a protecção civil e criticou voluntariamente a proposta do Orçamento do Estado para 2024, em relação à qual foi anunciado e votou contra dois deputados comunistas na generalidade.

Sobre a TAP, o secretário-geral do PCP afirma que “como arrasaram [sexta-feira] invocados pelo Presidente da República para o veto ao diploma do Governo” aprovado em Conselho de Ministros em setembro “enveredaram pelo caminho desastroso da criminalidade económica e política que é a privatização da TAP”.

Para o PCP, é necessário “garantir que a TAP cumpra o seu serviço público” e “salvaguardar o seu património”, bem como “salvaguardar os direitos dos seus trabalhadores”, e não no âmbito de um “projecto de soberania e desenvolvimento nacional”. . . “A única forma de manter todos e cada um destes requisitos identificados são os elementos fundamentais que justificam o veto do Presidente da República, a única forma de o conseguir é manter a TAP como empresa pública, ao serviço do país e a serviço do seu desenvolvimento. Essa é a forma de responder a esse problema”, declarou Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP referiu “ou o PS, ou o PSD, ou o CDS, ou o Chega, na Iniciativa Liberal” como partidos “todos alinhados no caminho deste crime político e económico privatizado pela TAP”.

“Mas não vamos desistir da TAP, não vamos desistir do serviço público”, contrapôs. No sexto dia, o Presidente da República vetou o decreto governamental que fixa as condições para a reprivatização da TAP e justificou esta decisão pela necessidade de esclarecer três aspectos: a futura capacidade de intervenção do Estado no negócio, a alienação ou aquisição de ativos antes da venda e transparência da operação.

Sobre o aumento do IUC que o governo pretende aplicar aos voos anteriores a 2007, limitado a 25 euros por ano, tendendo a ter em conta as emissões de dióxido de carbono, Paulo Raimundo descreve-o como uma medida inaceitável que “recairá sobre os maiores dificuldades. e que se junta a outras medidas de “profunda injustiça fiscal” propostas pelo Orçamento do Estado.

“Como diz a alguns, o Orçamento deles, como base da política do Governo, segue em todos os interesses de dois grupos económicos, interesses que o PS, mas também o PSD, Chega, IL e CDS, consideram como seus”, ele acusou. . O secretário-geral do PCP afirmou que, mesmo “como as coisas estão certas”, foi possível ao Orçamento do Estado proceder entretanto a “uma redistribuição mais equitativa”, uma vez que optou por “outra política fiscal” que reduziria vantagens fiscais para grandes empresas, contratos com parcerias público-privadas (PPP) e transferências para o setor privado na saúde.

No final da sua intervenção, Paulo Raimundo apelou à participação na manifestação pela “Paz no Médio Oriente, Palestina independente” convocada domingo em Lisboa pelo Movimento do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), por a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) e o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).

“Aqui, como acontece há muito tempo na Palestina, não há alerta amarelo, não há alerta vermelho, não há alerta vermelho. Na Palestina, o alerta está no coração da morte, no coração da massacre. Estaremos lá”, declarou.

Notícia atualizada às 19h50 com informações adicionais

Suzana Leite

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