O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou esta quinta-feira o decreto que torna a demissão do Primeiro-Ministro, o socialista António Costacom o qual o seu governo se torna activo até à formação do Executivo resultante das eleições de 10 de Março.
O documento indica que devido “à demissão do Primeiro-Ministro, o Presidente da República decretou hoje, nos termos da Constituição, a cessação do Governo, que produz efeitos a partir de amanhã, dia 8 de dezembro”.
O texto acrescenta que até à tomada de posse do futuro Executivo, o Governo em exercício garantirá, segundo a Carta Magna, “a prática dos actos estritamente necessários à garantia da gestão pública”.
Costa renunciou em 7 de novembro, depois que o Ministério Público anunciou uma investigação contra ele por supostas irregularidades nos negócios de lítio e hidrogênio.
Poucos dias depois, Rebelo de Sousa anunciou a dissolução do Parlamento, que entrará em vigor em 15 de janeiro, e a realização de eleições antecipadas em 10 de março.
Antes da assinatura do decreto presidencial, Costa participou com Rebelo de Sousa na apresentação de uma edição revista e ampliada do livro ‘Portugal Amordaçado’ do antigo Primeiro-Ministro (1976-1978 e 1983-1985) e Presidente português (1986 – 1996) Mário Soares, falecido em 2017.
Em declarações aos jornalistas à entrada do evento, Costa disse que agora é o momento de esperar que a justiça seja feita e que verá mais tarde se ainda há espaço para a política no seu futuro.
“Aguardemos que a justiça cumpra a sua missão e quando a cumprir veremos. Veremos nessa altura se ainda há tempo para nos envolvermos na política”, declarou o socialista.
O governo Costa realizou esta quinta-feira o último Conselho de Ministros antes da tomada de posse, durante o qual aprovou medidas para lançar o comboio de alta velocidade e fazer investimentos no aeroporto de Lisboa.
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