O Rali de Portugalque começou na sexta-feira e vai até 12 de maio. Tornou-se o evento esportivo mais lucrativo do paísjá que, com um investimento de 4 milhões de euros, representa um retorno de 164 milhões e atrai 1,2 milhões de turistas.
“Mais de 200 mil fãs vêm de Espanha”, declarou Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, entidade organizadora deste WRC (Campeonato Mundial de Ralis), em entrevista à EFE.
E Espanha, tal como Portugal, é um país “com muita paixão pelos motores e pelos ralis”, disse Barbosa.
Esta prova, com mais de meio século de história e a mais antiga da Europa em modo terrestre, É também a opção mais próxima dos espanhóis se quiserem desfrutar do automobilismo, já que o lendário Rally da Catalunha não se realiza em Espanha há anos.o único que foi incluído no WRC. Uma injeção económica para o interior de Portugal
Graças a esta manifestação, as zonas do interior de Portugal, onde a economia é mais fraca que as grandes cidades do Porto e Lisboa, “recebem uma forte injeção económica”, argumentou Barbosa, dado que milhares de apoiantes gastam muito dinheiro em restaurantes. , alojamento, portagens e todo o tipo de serviços.
Soma-se a isto o facto de numa altura do ano em que a época turística é baixa, muitos alugueres são incentivados.
O patrocinador principal, a Vodafone, bem como as entidades públicas do Centro Turístico e Turístico do Norte de Portugal e as Câmaras Municipais onde se realiza o rali são responsáveis pelo pagamento do patrocínio, que representa um investimento de 4 milhões de euros.
Até o Automóvel Clube de Portugal investe 300 mil euros por ano num rali que, para Barbosa, “faz parte do ADN de Portugal”. Do caos ao exemplo global
Até 2007, lembrou o presidente da organização, o Rally de Portugal conseguia projectar uma certa imagem de caos, com apoiantes por todo o lado. No entanto, ao longo dos últimos 18 anos garantiu que isso mudou e que o Rally de Portugal é o exemplo a seguir.
“Inovamos e somos exemplo em termos de segurança“, explicou ele.
Neste sentido, criaram zonas seguras, vigiadas pela polícia e com margens de segurança, para que o público possa usufruir “in loco” da passagem dos seus ídolos com boa visibilidade.
“Antes era uma loucura, agora somos a referência“, disse o organizador, que acrescentou que isto permite que mais de um milhão de pessoas todos os anos desfrutem do rali nas secções cronometradas. Televisões de 156 países
As televisões que transmitem em direto todo o Rally de Portugal também desempenham um papel importante, pois “projetam uma grande imagem do país”, que se traduz em milhares de turistas durante o resto do ano.
Para esta edição, o evento pode ser acompanhado em direto pela televisão em 156 países: “podemos garantir que cada visitante que vem assistir ao rali regressa em média 1,5 vezes”, afirmou o gestor.
Carlos Barbosa destaca que esta prova é sempre um grande atrativo para os principais pilotos, pelo que o espírito competitivo também está garantido.
Até domingo, 1.200 pessoas das diferentes equipas, 3.000 outros operadores associados às diferentes “equipas” do rali e mais de 600 polícias vão garantir que esta 57.ª edição volte a fazer de Portugal o epicentro mundial do automóvel.
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