Os presidentes de França, Portugal e Espanha poderão estar em Santa Cruz de Tenerife para uma reunião ministerial das regiões ultraperiféricas da União Europeia (RUP) no segundo semestre de 2023, disse o presidente das ilhas Canárias, Angel Victor Torres. Quinta-feira.
Torres fez o anúncio acompanhado pelo presidente do Cabildo de Tenerife, Pedro Martín, um dia depois de o governo central ter anunciado as 25 cidades que propõe como sedes das reuniões que a Espanha realizará durante seu semestre na presidência da UE. a figura Las Palmas de Gran Canaria.
A publicação desta lista provocou ontem um protesto do presidente da câmara de Santa Cruz de Tenerife, José Manuel Bermúdez, do CC, que exigiu que a co-capital das Canárias não fosse dissociada do programa político que Espanha desenvolverá em este semestre europeu.
Torres comentou esta quinta-feira que a previsão era anunciar nos próximos dias que a capital de Tenerife vai acolher mais uma reunião ministerial durante a presidência da União Europeia, mas que, dada a informação que tem vindo a surgir, foi acordado sugerir que está prevista a realização desta reunião do OR em Santa Cruz de Tenerife.
A conferência ministerial das regiões ultraperiféricas é presidida pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, mas isso não impede a presença dos presidentes dos três estados, disse Ángel Víctor Torres.
Assim, durante os seis meses da presidência espanhola, haverá dois grandes eventos nas Ilhas Canárias, um em Las Palmas de Gran Canaria, anunciado na quarta-feira, e o segundo, a Reunião Ministerial das Regiões Ultraperiféricas.
Ángel Víctor Torres indicou que esta reunião não deve ser confundida com a dos presidentes das regiões ultraperiféricas, pois será uma conferência ministerial, que reunirá os ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Portugal e Espanha, bem como os presidentes das UOs.
O presidente do Cabildo de Tenerife, Pedro Martín, disse que ambos os encontros são muito importantes e anunciou que os presidentes dos três países estarão presentes no encontro, com o que será um encontro “ao mais alto nível”.
Pedro Martín criticou discursos que desqualificam um partido político e destacou a sensibilidade dos governos espanhol e canário em relação a Tenerife, mas que “não é de agora, mas há uma história de investimento”, e recordou o acordo assinado esta quinta-feira para reabilitar casas na capital de Tenerife.
“Que curioso que não falem sobre isso”, disse Pedro Martín, que pediu que parem de usar certas mensagens que só criam tensão e também não são verdadeiras.
Em seguida, o presidente das Canárias recordou que durante a anterior presidência da UE por parte de Espanha não se tinha realizado nenhuma reunião nas ilhas e acrescentou que foi sequestrada uma decisão que diz respeito ao governo central.
“Li que Torres maltratou Santa Cruz. Bem, é preciso dizer que com Torres na presidência das Canárias e Pedro Martín na do Cabildo, começaram os trabalhos na praia de Valleseco, que estava bloqueada há muitos anos”, e também referiu ao desmantelamento da refinaria da CEPSA, de modo que só em Tenerife foi possível unir projeto e trabalho para avançar no acordo rodoviário.
O Presidente das Canárias considerou que “nos tornamos mais pequenos se enviarmos aos cidadãos a mensagem da insularidade mal compreendida, que se chama insularismo, e uma coisa é defender uma ilha e outra transformá-la em fanatismo”.
Que se comparem com o que fizeram quando governaram nas Canárias, salientou Ángel Víctor Torres, que salientou que os dois encontros são muito importantes para Espanha mas para as Canárias é “muito mais” o das RUP. EFE
rdg
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