As primeiras partidas recebidas esta quarta-feira pelo Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousaeles perguntaram velocidade resolver a crise política aberta no país com a demissão do Primeiro-Ministro, o socialista António Costa, o que poderá levar à eleições antecipadas.
Um dia depois de Costa ter demitido depois de saber que sob investigação por suposta corrupção e prevaricaçãoo conservador Rebelo de Sousa começou a receber os partidos políticos representados no Parlamento antes de decidir se dissolveria a Assembleia e anteciparia as eleições.
O chefe de Estado não prevê falar com os portugueses até a próxima quinta-feiraapós consultas com os partidos e uma reunião do Conselho de Estado, mas os primeiros grupos que se reuniram com ele insistiram que o país precisa de respostas rápidas.
“O critério mais importante é resolver rapidamente a crise política”, disse a porta-voz do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, após a reunião, reiterando que A “única solução” é convocar eleições.
Mortágua, que dirige uma formação que já foi parceira da Costa no passado e tem agora cinco deputados, considerou que qualquer outra alternativa “se arrasta numa situação insustentável” face à “perda de legitimidade” do Executivo socialista, que governou por maioria absoluta.
Não quis dizer se o Bloco está disposto a chegar a um acordo com os socialistas para viabilizar um governo, como fez em 2015, se houver eleições e os resultados o permitirem.
Ele também pediu velocidade deputado único do Livro da Esquerda, Rui Tavaresmesmo que não quisesse antecipar a decisão de Rebelo de Sousa.
“Se o caminho escolhido pelo presidente foi a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas, estas eleições Eles devem ser reparados o mais rápido possível“, insistiu, dizendo que o seu partido está “preparado” para uma possível eleição. Caso o presidente opte por outro caminho, Tavares insistiu que era “muito importante” que explicasse porquê.
Preocupações com contas e possíveis eleições antecipadas
A saída de Costa veio processamento completo dos orçamentos do Estado para 2024 e alguns partidos também manifestaram preocupação com o facto de o país poder começar o ano sem que as contas sejam aprovadas.
Este cenário já aconteceu em 2022, quando se realizaram eleições antecipadas em janeiro, precisamente porque Costa não conseguiu avançar o orçamento. Processamento das contas de 2024 já começou na Câmara e passou na primeira votação.
“Todo este trabalho não pode ser abandonado porque as pessoas precisam de respostas agora e não daqui a alguns meses”, disse a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, que considerou que o seu tratamento deveria ser concluído.
Rebelo de Sousa ainda não falou sobre a situação política após a demissão de Costa, mas no país a convocação de eleições antecipadas é sugerida como a solução mais provável.
Durante a última posse de Costa, em março de 2022, quando o possibilidade de ele sair no meio do semestre Para aspirar a uma posição europeia, o presidente já avisou que se não terminar o mandato convocará novas eleições.
“Não será fácil para a face derrotada ser substituída no meio do caminho”, disse então.
Com os poderes que a Constituição lhe confere, Rebelo de Sousa poderia também pedir aos socialistas – que têm maioria absoluta – formar um novo executivo com um primeiro-ministro interino ou mesmo nomear um diretor da iniciativa presidencial.
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