A jovem investigadora prepara-se para o doutoramento em ciência e tecnologia, com bolsa da Fundação “la Caixa”
Quando Pablo Herreros Cantis encontrou a vaga de doutorado em ciência e tecnologia ambiental que ocupa atualmente, ele não estava procurando por ela. Esse jovem havia trabalhado por cinco anos como pesquisador no Laboratório de Sistemas Urbanos da New School, em Nova York, e não queria mudar. Embora ele admita que a ideia de voltar para a Espanha já começava a assombrá-lo em sua cabeça.
A vaga foi oferecida no Centro de pesquisa do Centro Basco para Mudanças Climáticas (BC3) e chamou sua atenção por focar no estudo da adaptação às mudanças climáticas em sistemas aquáticos urbanos. Um assunto que tinha muito a ver com o trabalho que desenvolvia nos Estados Unidos, onde estudava os impactos das mudanças climáticas nas cidades.
Porém, antes de se candidatar, Pablo tomou a iniciativa e entrou em contato com o BC3. “Ofereci minha experiência e meus conhecimentos adquiridos em Nova York, e comentei a possibilidade das duas entidades, a norte-americana e a espanhola, colaborarem. Eu queria importar o que eu tinha aprendido e as minhas preocupações”, diz o investigador, que estudou engenharia ambiental na Universidade Politécnica de Madrid.
Os responsáveis do Centro Basco para as Alterações Climáticas gostaram da proposta e, como refere Pablo Herreros Cantis, “todas as peças começaram a encaixar”. “Senti muita sorte com meu próximo passo profissional -acrescenta-, também com o financiamento e por voltar à Espanha depois de anos”.
Quando o jovem fala sobre financiamento, ele menciona a bolsa que lhe foi atribuída pela Fundação “la Caixa” ser capaz de estudar o doutorado em ciência e tecnologia ambiental. “O local estava vinculado a essa ajuda financeira, que dura três anos. Reconheço que é melhor do que outras bolsas e que permite levar uma vida digna. Por outro lado, inclui uma verba adicional anual para custear cursos ou viagens destinadas, por exemplo, a conferências”, explica.
Com este programa de ajuda, Pablo faz parte do grupo de pesquisadores que recebem bolsas da Fundação “la Caixa” por terem realizado trabalhos “excelentes”. A condição que devem cumprir é continuar a sua carreira de investigação em Espanha ou Portugal. “O objetivo das bolsas é apoiar os melhores talentos científicos que desejam realizar seus estudos de doutorado nos dois países, bem como promover pesquisas inovadoras e de qualidade”, declaram da entidade.
Herreros iniciou seu doutorado em ciência e tecnologia ambiental em janeiro passado e se propôs a concluí-lo em menos de quatro anos. Então ele quer se concentrar no que é chamado de pesquisa coprodutiva. “É aquele em que, desde o primeiro minuto, você trabalha com pessoas não acadêmicas. Ou seja com governos, organizações não governamentais, grupos de cidadãos…”, sublinha. Com esta colaboração, o investigador contribuiria para a implementação de políticas de adaptação às alterações climáticas muito eficazes.
Sobre sua relação com o Centro Basco de Mudanças Climáticas e o Laboratório de Sistemas Urbanos da Escola Nova, ele especifica que não deseja perdê-la. “Minha intenção é ficar ligado aos dois. Para mim, poder retornar à Espanha é inestimável, mas minha carreira de pesquisador nasceu em Nova York. Eu não quero limpar a lousa“, conclui.
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