Paraná fortalece seu projeto de divulgação científica com apoio da Agência Portuguesa

Mais de 200 professores e pesquisadores participarão do debate “Experiências e Divulgação Científica no Brasil e em Portugal”, organizado no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. O evento, promovido pelo Novo Início de Pesquisa e Inovação (NAPÌ) Paraná Faz Ciência, da Fundação Araucária, contribui para fortalecer a parceria, firmada em junho, entre Paraná e Portugal nas áreas de educação e cultura científica.

O objetivo do NAPI Paraná Faz Ciência é fortalecer a cultura científica e tecnológica por meio de ações integradas de difusão do conhecimento e promover o acesso da população às atividades acadêmico-científicas.

A mesa redonda conta com a participação da Presidente da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica de Portugal, Rosália Vargas, e da Diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação . , Joana Nunes. Neste terceiro dia (19), Rosália se reuniu com a primeira-dama do Estado, Luciana Saito Massa, o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, e o diretor-presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

O pesquisador português destacou a iniciativa de dois NAPIs, principalmente o Paraná Faz Ciência, o trabalho de educação científica e divulgação sobre o tema. “O que vi aqui no Paraná é extraordinário. Ou o que o Estado consegue fazer em termos de envolver equipas altamente motivadas que comprovem que é preciso atuar na sociedade para obter bons resultados. “O Paraná Faz Ciência reúne excelentes condições para a realização de projetos muito práticos e integradores”, afirmou.

O presidente da Ciência Viva destaca ainda dados estatísticos sobre a evolução do interesse pela ciência em Portugal. “Em 2005, apenas 14% da população tinha interesse em ciência e tecnologia, esse número aumentará para 60% em 2021”, disse.

A diretora do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Juana Nunes, defendeu a expansão desse modelo no Brasil. Ele indicou ainda que o ministério está em processo de organização de uma política de popularização da ciência para o Brasil, mas que dois projetos estão articulados em redes estaduais.

“O Paraná está na liderança, porque temos uma rede em desenvolvimento. Queremos garantir que as cidades do Paraná e do Brasil tenham acesso ao que há de melhor na produção científica e para isso é necessário também que as crianças tenham uma escola que viva em a experiência de “educação científica desde a base”, disse Juana Nunes. “Este formato do NAPI é muito inteligente porque temos que unir esforços. Quando reunimos projetos, ideias e recursos humanos para construir um programa de popularização da ciência, obtemos mais resultados eficazes”.

Débora Santana, assessora técnica da Fundação Araucária, e Rodrigo Reis, professor da Universidade Federal do Paraná, articuladores do NAPI Paraná Faz Ciência, apresentam as principais ações já desenvolvidas para a divulgação e popularização da ciência.

Segundo Débora, o novo começo busca envolver os alunos do ensino básico em todas as etapas da pesquisa científica através das ciências da cidade. Ela também mencionou alguns desafios. “Precisamos de uma linguagem acessível a todos, de forma diversificada e atrativa. “A divulgação da ciência é também um meio de fortalecer o controle social dos recursos públicos”, concluiu. No estado, uma das iniciativas nessa área é o Parque Tecnológico Newton Freire Maia, na região metropolitana de Curitiba.

Para Rodrigo Reis, a Ciência Viva é um exemplo global de rede de divulgação para fortalecimento da cultura científica. “A agência portuguesa nos inspirou a trabalhar com a Fundação Araucária para montar uma rede local”, disse ele. “Precisamos estar atentos à rede de Quintas de Ciência, que conta com pequenas chácaras e fazendas que trabalham para disseminar a ciência de dois ecossistemas regionais de inovação. Isso acabou ajudando a compreender mais uma etapa do processo, totalmente aplicável à realidade paranaense.

NOVO ENCONTRO – Hum, uma nova reunião está planejada para esta semana. A última edição do debate “Experiências e Divulgação Científica no Brasil e em Portugal” acontece na quinta feira (21), às 14h30, no auditório da Unioeste, em Foz do Iguaçu.

Filomena Varela

"Desbravador do bacon. Geek da cultura pop. Ninja do álcool em geral. Defensor certificado da web."

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *