Parlamento português recusa tipificar crime de assédio sexual

Lisboa, 2 de junho O Parlamento português rejeitou hoje um projeto de lei do Bloco de Esquerda que criminaliza o assédio sexual e endurece as penas, com os socialistas, que têm maioria absoluta, e a oposição conservadora votando contra.

Os cinco deputados do Bloco de Esquerda foram os únicos a votar a favor de sua proposta, que buscava criar o delito de assédio sexual porque “a realidade há muito supera a lei”, segundo o projeto.

O documento defendia que a legislação em vigor, que se refere a comportamentos de “importunação sexual”, é “manifestamente insuficiente” para lidar com a realidade do assédio sexual.

Além disso, ele sentiu que classificar o assédio sexual como um crime autônomo poderia ter “potencial de dissuasão” na sociedade.

O Bloco conseguiu concretizar mais uma proposta que visa a criação de um código de conduta e de uma estrutura independente de apoio à vítima e denúncia de casos de assédio nas instituições de ensino superior.

Esta estrutura será tutelada pelas pastas da Igualdade e do Trabalho em articulação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Nos últimos anos, surgiram várias denúncias de assédio sexual em diferentes universidades de Portugal.

A que mais impacto tem causado é a que atingiu este ano a Universidade de Coimbra, onde o sociólogo de renome internacional Boaventura de Sousa Santos e outro professor foram acusados ​​de assédio sexual por vários investigadores de diferentes nacionalidades. EFE

pfm/ffa

Filomena Varela

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