“NÃONão somos prioridade na política externa do Brasil. Ou o Brasil gosta de nós ou o Brasil nos respeita. Temos uma empatia natural com os brasileiros (…) É mais óbvio que os interesses do Brasil estão nas nossas regiões e em particular na América Latina. “Temos de nos convencer de que Portugal não é uma prioridade da política externa do Brasil.”disse ou diplomata.
Francisco Ribeiro Telles, ex-embaixador de Portugal no Brasil e ex-secretário executivo da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP, de 2019 a 2021), atualmente secretário-geral do Ministério dos Estrangeiros portugueses, falando na conferência “Portugal nas relações da Europa com a América Latina América e África”, promovido pelo Instituto Amaro da Costa.
“O Brasil sempre foi uma prioridade da política externa portuguesa e é sempre muito triste quando não é o Brasil. A importância que damos ao Brasil é que não é recíproco (…) Enfim, vibramos como o Brasil de uma forma que O Brasil não vibra em casa. Mas isso é normal. Quer dizer, o Brasil é um continente, tem muitas comunidades instaladas no seu território, então é natural que isso aconteça”, disse.
Contudo, e falando sobre o período em que representou Portugal no Brasil (2012/2016), Ribeiro Telles destacou que sentiu sempre “uma maior abertura e franqueza” do lado brasileiro.
“Agora, isto é, tenha sempre uma abertura maior, uma franqueza maior de falar no Itamaraty [sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil]. “Estamos, de facto, a ouvir muitas coisas”, o que enfatizei à CPLP.
A relação luso-brasileira “permite-nos, no prazo de 20 anos, criar a CPLP”, que pretende ser uma “plataforma de consulta, de diálogo permanente”.
Francisco Ribeiro Telles, que também foi Embaixador de Portugal em Cabo Verde (2002-2006), Angola (2007-2012) e Itália (2016-2018), falou no painel sobre “Portugal, Europa, África e América Latina. , moderado pela diretora de informação da agência Lusa, Luísa Meireles, e que terá também como oradores António Martins da Cruz, embaixador e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, antigo ministro da Defesa e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, e Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros
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