Portugal propõe alargar imposto extraordinário sobre lucros às empresas de distribuição

MADRI, 27 (EUROPA PRESSE)

O Governo de Portugal propôs alargar às empresas de distribuição (supermercados e hipermercados) o imposto especial temporário sobre os lucros extraordinários que determinadas empresas obtêm no contexto actual, conforme defendeu ontem o primeiro-ministro, António Costa, durante um discurso aos portugueses Parlamento. parlamento.

“Não é apenas o [empresas] sector energético, mas também aqueles do sector da distribuição que têm de pagar pelos lucros de que beneficiam de forma injustificável por causa desta crise inflacionária”, disse Costa, referindo-se ao alcance do projecto de lei que o Executivo pretende apresentar, em declarações recolhida pelo jornal “O Jornal Economia”.

O anúncio de Costa insere-se no debate que decorre estes dias no parlamento português para aprovar os orçamentos gerais para o ano de 2023.

Em resposta a esta proposta, o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, sublinhou, em declarações à rádio TSF, que as empresas do sector não obtêm lucros extraordinários e que operam com margens muito baixas. . limite.

A medida anunciada pelo governo português surgiu na quarta-feira, coincidindo com a publicação das contas trimestrais da Jerónimo Martins, empresa proprietária do Pingo Doce, uma das maiores cadeias de supermercados do país. A empresa fechou os primeiros nove meses de 2022 com um lucro líquido de 419 milhões de euros, um aumento de 29,3%, enquanto o volume de negócios aumentou 21%, para 18.392 milhões.

Suzana Leite

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