CubitaNOW escrevendo ~ quarta-feira, 5 de julho de 2023
O governo português, presidido pelo socialista António Costa, quer contratar 300 médicos cubanos para os integrar no sistema público de saúde da nação europeia, com o objetivo de o fortalecer.
Segundo informação publicada esta quarta-feira pelo jornal português Jornal de Notícias, o Ministério da Saúde pretende colmatar as carências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a contratação de trezentos médicos cubanos.
Os profissionais de saúde da ilha iriam trabalhar durante três anos em território português. Costa já iniciou o processo para que esses profissionais ingressem no sistema público o mais rápido possível, segundo a mídia citada.
Este processo tem em conta as diferentes fases pelas quais os estrangeiros fora da Comunidade devem passar antes de serem considerados aptos, disse. Nesse sentido, os médicos que chegam de países terceiros devem ser submetidos a vários exames, não só em medicina, mas também em língua portuguesa, informa a agência noticiosa EFE.
Da mesma forma, recorde-se que não é a primeira vez que Portugal recorre a médicos cubanos, já que em 2009 acolheu 44 para reforçar a rede pública nas regiões do Ribatejo, Alentejo e Algarve.
Em fevereiro, os governos de Portugal e Cuba assinaram um memorando de entendimento para promover as relações bilaterais no domínio da colaboração médica e biofarmacêutica.
Tampouco é o único país da Europa que recorreu ao regime comunista de Havana para a polêmica contratação de médicos cubanos. Em agosto passado, a região da Calábria, na Itália, assinou um acordo com o governo da ilha. Roberto Occhiuto, presidente da referida região, também elogiou as “qualidades” dos médicos formados na ilha.
O acordo estabelece uma disponibilidade total de 497 médicos que seriam enviados do arquipélago em caso de necessidade. Segundo o governante, ao defender a contratação, que justificou pela falta de pessoal de saúde na região, “a faculdade de medicina cubana está entre as melhores”.
Ele também apontou que os incentivos e inúmeras chamadas feitas pela região para recrutar médicos italianos eram inúteis. “Se não há médicos, o que fazemos? Estamos fechando hospitais, fechando pronto-socorros e não garantindo o direito de tratamento aos cidadãos?
“As habilidades dos médicos cubanos, suas qualidades e sua experiência são conhecidas em todo o mundo”, defendeu em um comunicado publicado nas redes sociais. Occhiuto lembrou que médicos cubanos já haviam visitado a Itália antes, na Lombardia e no Piemonte, durante os meses mais complicados da pandemia do coronavírus.
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