É preciso “pôr fim a este caso absolutamente ilegal e escandaloso”, defendeu Tiago Antunes.
O governo português alertou esta quarta feira para a necessidade de combater o “negócio escandaloso” do tráfico de seres humanos para a Europa, de apoiar os países de origem dos migrantes e de alargar os “canais legais” de migração.
“Não existe uma solução única para resolver este problema”, declarou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, antes do Conselho Europeu informal que adorna este sexto dia. -feira em Granada, Espanha.
O executivo português destaca a necessidade de “combater o fenómeno do tráfico de seres humanos e explorar pessoas em situações vulneráveis, colocando-as em situações de risco de vida, como demonstram os naufrágios absolutamente trágicos”.
É preciso “pôr fim a este caso absolutamente ilegal e escandaloso”, defendeu o governador.
Por outro lado, a União Europeia pretende “trabalhar com os países de origem e de trânsito, tentando encontrar soluções que abordem as causas que estão na origem de dois fenómenos migratórios e garantindo condições de desenvolvimento nos países que permitam que estes fenómenos se desenvolvam . evitado”, recomendou.
Ao mesmo tempo, a Europa enfrenta problemas demográficos – como a falta de jovens e o crescimento populacional – e precisa de mão-de-obra, disse Tiago Antunes.
“É necessário ampliar os canais de imigração legal e garantir uma forma segura e regular de podermos acolher os migrantes que necessitamos para as nossas necessidades básicas e para o funcionamento da nossa economia e da nossa sociedade”, afirmou.
A deputada do PS Romualda Fernandes denunciou a “terrível perda de vidas humanas, fruto de tragédias indescritíveis no Mediterrâneo”.
“Todos dizemos que lamentamos, mas faltam medidas (…) e os fluxos migratórios não podem crescer apenas nas fronteiras externas da União Europeia”, disse, referindo-se ao facto de que “uma política migratória não pode considerar apenas a segurança medidas.” , mas também considerando “as oportunidades de desenvolvimento socioeconómico nos países de origem e o estabelecimento de uma relação estreita entre os países de origem e de emigração”.
Em resposta, Tiago Antunes sublinhou que este é um “desafio europeu que carece de respostas europeias”, dizendo: “Temos de garantir que o Mediterrâneo não é um cemitério”.
O governador disse estar “relativamente optimista que até ao final desta legislatura europeia será possível concluir o trabalho legislativo em torno do Pacto para as Migrações e Asilo”, ou que, sublinhou, será um “significativo muito avançado”.
A União Europeia (UE) fez desta quarta Feira do Pacto para a Migração e o Asilo um acordo, a nível de embaixadores, sobre a regulação da gestão de crises.
“Representantes dos Estados-membros da UE participarão nesta quarta feira e chegarão a acordo sobre a parte final de uma política europeia comum em matéria de asilo e migração”, anunciou o Conselho da UE num comunicado de imprensa.
Numa reunião do Comité de Representantes Permanentes do Conselho (Coreper, composto por 27 embaixadores junto da UE), os Estados-membros emitirão um mandato de negociação sobre “um regulamento relativo a situações de crise, incluindo a instrumentalização da migração e casos de força maior . nenhuma área de migração e asilo”.
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