Portugal acredita que existe um grande potencial de investimento saudita e israelita no nosso país e que os próximos meses poderão ser importantes nesta área. Segundo Filipe Santos Costa, presidente da Aicep, no outono haverá uma visita oficial a Portugal de uma delegação da Arábia Saudita, que incluirá empresas e também os ministros da Economia e do Investimento.
Resta confirmar uma data faltante de Israel e com a presença do presidente israelita, o que poderá acontecer já no próximo mês de Novembro.
Esta é uma das apostas da Aicep para os próximos anos, uma espécie de fracasso inverso. Além de captar empresas nacionais no estrangeiro, nomeadamente de realizações sectoriais, o objectivo é aumentar as visitas de delegações estrangeiras a Portugal, para descobrir oportunidades de investimento.
Para Santos Costa, este interesse obriga a Aicep a reorganizar a rede de agências. As delegações da Aicep ficarão confinadas a Havana, Teerão e Cantão, e novas serão abertas em Telavive, Riade e Singapura. Com efeito, de acordo com o plano estratégico da agência, existem dois objetivos: “reorientar a rede externa para uma maior prioridade no domínio do investimento produtivo”, nomeadamente com dois “principais mercados de emissões para investimento direto estrangeiro”.
O presidente da AICEP justifica a sua aposta nos países que possam representar elevados montantes de investimento e/ou nas áreas em que atuamos, e que possam ser interessantes para expansão em Portugal. Se dois sauditas tiverem o poder de investir capital elevado, financeiramente falando, poderão fornecer uma porta de entrada para a exportação de produtos nacionais para a região. No caso de Singapura, adquiriu um papel cada vez mais importante como centro regional. Não que seja Israel, as áreas de potencial interesse para cruzar com Portugal são a tecnologia (especialmente fintech) e a gestão de recursos naturais.
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