O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou a lei que estabelecia as medidas que as escolas devem aplicar para garantir o direito à autodeterminação da identidade de género dos alunos das escolas. A presidência portuguesa, através de um comunicado publicado no seu site, indicou que rejeitou a escolha de um nome neutro “por considerar que o decreto não garante um equilíbrio em relação ao princípio essencial da liberdade pessoal”. Da mesma forma, sublinhou que as medidas que as escolas tiveram de adoptar para aplicar a lei que consagra a autodeterminação de género “não respeitam suficientemente o papel dos pais, tutores, representantes legais e das associações por eles formadas, e não esclarecem as diferentes situações também com base nisso, devolveu os textos ao Parlamento para que “considere introduzir mais realismo numa questão em que de pouco serve afirmar princípios que entram em conflito, pela sua geometria abstracta, com pessoas, famílias e escolas”, em vez de os conquistar para a sua causa, numa escola que apresenta hoje um carácter cada vez mais multicultural em Portugal. Após o veto, associações de pais e diretores de escolas disseram esperar “ser ouvidas num futuro debate sobre o assunto”. Estes textos foram contestados pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) e pela Associação Nacional de Dirigentes de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), conforme noticiou a agência Lusa. O partido de extrema-direita Chega disse que Rebelo de Sousa “fez bem em devolver esta lei à Assembleia numa altura em que o Partido Socialista já não tem maioria”. Agradeceu assim “o papel decisivo que desempenhou nesta matéria”. importante.” o presidente, “preservando valores essenciais”.
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