O Presidente da República esclareceu, mais uma vez, a sua posição sobre a guerra entre Israel e o Hamas, tentando mostrar que os apelos à “moderação” lançados pelo embaixador palestiniano durante esta sexta feira (e quais restantes) estão enquadrados num “político ” estrutura. “paz” de Portugal e que apoia a solução de dois Estados. Além de condenar o desrespeito do direito humanitário, também emitiu um aviso direto a Israel de que, disse ele, “eles têm ações maiores” do que o Hamas. Mas continua a lamentar que o conflito tenha “nascido” do lado palestiniano.
Dirigindo-se este sábado aos diaristas, à margem do Encontro Nacional de Ajudantes Informais, Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer que não compreende o “grito” em torno das declarações que decorrem, nesta sexta feira, no Bazar Diplomático, quando falou com o representante da Palestina em Portugal, Nabil Abuznaid, que os palestinianos “não se tornarão o país” do conflito.
O Presidente disse que o que encontrou entre os diplomatas estrangeiros foi alertar a importância da “moderação”“, algo que, defende, “agora enfrenta todo o sentido”, dado que “existe a possibilidade de que possa haver um cessar-fogo se houver acordo sobre los sequestrados”. E que, “Profundamente, diga que Foi uma pena que, neste caso, eu tenha nascido de um certo lado“.
Marcelo destacou ainda que afirmou que não confunda Palestina “com quem desencadeou” ou ataque de 7 de Outubro — algo que só ficou claro quando foram esclarecidas as primeiras declarações, poucas horas depois — e acrescentou que, a esta altura, era “uma coisa muito moderada”, porque, além de condenar ou atacar, uma referência que “Desestabilizei a situação de forma prejudicial, porque tem uma causa certa”. Isto, para mostrar que ele apoia o que ele por causa de Portugal “sempre”, ou seja, pela criação de “dois Estados: Israel e Palestina”.
“Que de um lado ou de outro, a cada momento – acontecimentos ao longo de décadas – há atos que, do ponto de vista da opinião pública internacional, acabam por ter um eco monumental desfavorável à causa, sem quererem criar um impacto negativo situação pela causa.” , réu.
Salientando que “a política portuguesa é muito clara nesta matéria”, o Presidente justificou também as palavras que dirigiu ao embaixador palestiniano pelo facto de Portugal prosseguir uma “política de paz, de coexistência pacífica de dois povos”, ou seja, a israelitas e palestinianos, o que “implica moderação, compreensão e negociação“.
Mas, voltando a apoiar a posição do antigo líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que “Não há culpa colectiva” e vitimar pessoas inocentes é “negar direitos humanitários”, garantindo que, durante esta sexta feira, será embaixador de Israel, ou avisará que “tomou uma decisão humanitária”. E este é um apelo à Palestina para “combater” a “radicalização” de outros países, como o Irão.
“Dizem que uma democracia tem mais direitos que movimentos terroristas que, por natureza, não são democráticos. “É muito fácil para as democracias começarem a compreender que a única forma de combater a antidemocracia é ser como elas”, alertou o próprio, referindo-se a Israel.
Marcelo diz a ele que está atrás do governo
Questionado pelos jornalistas sobre política externa, não é em primeiro lugar o governo, nem o chefe do Estado Apontou quem “a política externa é comum entre o Governo, o Presidente da República e o Parlamento” e este frisou que se respeite que seja o Ministro dos Negócios Estrangeiros a falar primeiro, seguido do Primeiro-Ministro e, só depois, o Presidente, nomeadamente, sobre a posição do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, por relação ao conflito. Algo que, disse, “um determinado Estado não faz nada”, como mostrou na sua “falta” no bazar diplomático, numa alusão a Israel.
Quanto ao facto de ter falado como chefe da missão diplomática palestina sobre a guerra entre Israel e o Hamas no contexto, acrescentou que foi Nabil Abuznaid quem “levantou uma questão”, porque “normalmente ele não falaria sobre isso”. ” sobre este assunto. E também uma hipótese de deterioração das relações com o empregador: “Terminou em no unamistosos a conversa”, termos, vincou.
Depois de o líder do BE ter considerado na sexta feira que a posição do Presidente era “constrangedora” (como criticaram Marcelo outras personalidades do PS e do PCP), este sábado, Mariana Mortágua desafiou o chefe de Estado a “defender ou cessar fogo”. “É assim que Portugal se representa nos organismos internacionais, ao lado de António Guterres e falando a uma só voz”, declarou, citado pela Lusa.
O Presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva, pediu desculpa por comentar as declarações do Presidente da República, afirmando que “o Estado tem uma hierarquia”. “Por definição, as declarações do Presidente da República nunca merecem qualquer comentário, porque o Estado tem uma hierarquia e, nesta hierarquia, o Presidente da República é a primeira figura do Estado e apenas a segunda”, afirmou. . , citou também pela Lusa.
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