Ele primeiro ministro de PortugalAntónio Costa, resignado pela investigação contra ele por possível prevaricação, corrupção ativa e passiva e tráfico de influência em empresas de lítio e hidrogênio, embora tenha garantido não ter cometido nenhum ato ilegal.
“Nestas circunstâncias, obviamente, apresentei a minha demissão a Sua Excelência o Presidente da República”, declarou o socialista numa intervenção televisiva, na qual sublinhou que o cargo de primeiro-ministro não é compatível com a “suspeita da prática”. . de qualquer ato criminoso.
Costa disse ter ficado “surpreso” com a informação vinda de um processo criminal contra ele e mostrou-se “totalmente disponível” para colaborar com a Justiça, mas negou as acusações e sublinhou que ia sair “com a consciência muito tranquila”.
“Quero dizer, e olho nos olhos dos portugueses, que a prática de qualquer ato ilícito ou mesmo repreensível não pesa na minha consciência”, declarou o político, que no entanto acredita que deve demitir-se porque “a dignidade de as funções de primeiro-ministro” não é compatível com qualquer suspeita.
Depois dele renúnciaos próximos passos a tomar serão decididos pelo presidente, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, que tem o poder de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições se o considerar necessário.
Costa não quis adiantar ou negar se seria candidato numa eventual eleição: “A última coisa que farei é condicionar ou pronunciar-me publicamente sobre a decisão que o presidente tomará”.
O Ministério Público anunciou em comunicado que estava a investigar Costa e vários membros do seu gabinete por alegados crimes de procrastinação, Corrupção ativo e passivo, e Subornopara um caso ligado às atividades de lítio e hidrogênio.
O Ministério Público realizou uma busca nas “instalações utilizadas pelo chefe de gabinete do primeiro-ministro” e notou que vários suspeitos falaram do envolvimento de Costa no caso para “desbloquear os procedimentos”.
A pesquisa, na qual foram cadastrados mais de 40 locais, foca na concessões de mineração de lítio nas minas de Romano e Barroso, no norte do país; além de um projeto de central de produção de energia de hidrogénio e outro de construção de um data center, ambos em Sines.
O Ministério Público emitiu mandados de detenção contra o chefe de gabinete do primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Sines e dois dos seus dirigentes da empresa “Start Campus” e contra um advogado, que será apresentado aos tribunais para interrogatório.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente do conselho de administração da Agência Portuguesa do Ambiente também foram declarados “arguidos” (suspeitos formais, figura anterior à acusação).
Com informações da EFE
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