MADRI, 23 (EUROPA PRESSE)
“Não me sinto responsável por nada”, porque é uma “avaliação pessoal e política” de Costa, declarou quinta-feira à imprensa, à margem de uma conferência sobre violência de género, na qual é a sua primeira declaração após a crise política eclodiu no dia 7 de novembro, noticia a agência Lusa.
“A Procuradoria-Geral da República está a investigar, com base nos factos, o que deve investigar. O que, segundo a lei, deve ser investigado”, acrescentou Gago, que defendeu a inclusão deste último parágrafo por razões de “transparência”.
“Este parágrafo diz de forma transparente o que estava em jogo na investigação em curso. Há necessidade de transparência, de informação sobre a investigação em curso e por isso deve naturalmente ser incluída, sob pena de sanções. que um assunto mais relevante foi devidamente ocultado”, explicou.
Neste sentido, sublinhou que este tipo de declarações, embora sejam sempre elaboradas pela assessoria de imprensa do Ministério Público, “em situações mais sensíveis, a sua elaboração é acompanhada de perto, muito de perto, pelo público de impacto”.
Questionado se incluiu o parágrafo a pedido do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, respondeu: “Pelo amor de Deus!”
A questão coloca-se porque no dia em que foram efectuadas as buscas, 7 de Novembro – mesma data em que Costa apresentou a demissão depois de saber que estava a ser investigado por um órgão autónomo do Tribunal Supremo – Gago deslocou-se ao Palácio de Belém, no pedido de Rebelo de Sousa.
“É natural que queira falar de assuntos relevantes da actividade do Ministério Público”, argumentou o procurador, que antes quis não dar mais importância à pressão exercida sobre o Ministério Público para apresentar os resultados da investigação perante o eleições antecipadas. a partir de 10 de dezembro. Março de 2024.
“Sinto sempre o dever de apresentar os melhores resultados possíveis no contexto das pesquisas em andamento”, afirmou.
Costa está a ser alvo de investigação do Ministério Público e do Supremo Tribunal de Justiça por suspeitas de tráfico de influência destinadas a desbloquear a adjudicação de um contrato público para a construção de um data center na cidade de Sines, depois do seu nome ter surgido em alguns você ouve
O Ministério Público alega que Costa interveio em nome da empresa Start Campus, responsável por este centro. No entanto, reconheceu que houve “confusão” na transcrição destes áudios e que se falava de António Costa era o ministro da Economia António Costa Silva, embora isso não influenciasse o caso.
Além deste caso, a Operação “Influencer” está também a investigar outras alegadas irregularidades em diversas concessões de exploração de lítio e produção de energia de hidrogénio. Entre os citados estava João Galamba, que renunciou ao cargo de ministro das Infraestruturas dias depois de Costa.
No total, oito pessoas foram indiciadas pelo Ministério Público, cinco das quais foram presas, embora poucos dias depois o tribunal tenha anulado a medida, libertando-as, além de reduzir as acusações a apenas tráfico de influências, o considerado “desproporcional”. as acusações são infundadas.
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