Lisboa (EuroEFE).- A luta pela liderança do principal partido de direita em Portugal, o PSD, será decidida este sábado numas primárias que colocarão o actual presidente, Rui Rio, contra o eurodeputado Paulo Rangel, com propostas semelhantes para o economia. do país, mas estratégias políticas muito diferentes.
Quase 46 mil membros do Partido Social Democrata (centro-direita) são convocados para as primárias num momento chave, já que o vencedor será um candidato a as eleições gerais de 30 de janeiro, antecipadas após apenas dois anos de legislatura depois de o governo socialista não ter executado o seu orçamento para 2022.
PS do primeiro-ministro António Costa é favorito nas sondagens mas no PSD não se esquecem que as sondagens falharam nas últimas eleições, as autárquicas de Setembro, quando Carlos Moedas tirou inesperadamente a Câmara Municipal de Lisboa aos socialistas.
O resultado destas primárias – também causadas pela crise política que Portugal atravessa – é difícil de prever. O partido está dividido entre dois candidatos com estilos muito diferentes.
RIO, A EXPERIÊNCIA
Rui Rio, de 64 anos, está à frente do PSD há quase quatro anos e aproveita esta experiência para seduzir activistas: “Há dois anos que me preparo para estas eleições e o Paulo Rangel tem de fazer um curso intensivo”, disse. diz. . disse.
Rio Desistiu de fazer campanha pelas primárias para se concentrar diretamente nas eleições legislativas.depois de quatro anos como rosto da oposição conservadora a Costa.
Uma oposição que suscitou inúmeras críticas no seio do seu próprio partido – um grande sector considera-a demasiado branda – ainda que a conquista de Lisboa tenha trazido apoio a Rio, que usa esta vitória como uma garantia para o futuro: na sua moção para continuar a liderar o O PSD orgulha-se de ter uma “estratégia que dá resultados”.
Antes das eleições legislativas, o Rio Ele se define como o candidato do “centro”, mesmo aberto a procurar um acordo com os socialistas se não houver maioria absoluta. Rejeita as “linhas vermelhas”, garantindo ao mesmo tempo que não aceitaria incluir o partido de extrema-direita Chega numa solução governativa.
No entanto, o PSD Sob a sua liderança mantém pacto com o Chega nos Açores governar apesar do facto de os socialistas serem a força mais votada.
RANGEL, AMBIÇÃO
Paulo Rangel, 53 anos, Ele chega com uma vasta experiência europeia atrás dele – é deputado europeu desde 2009 e vice-presidente do Partido Popular Europeu – e apresenta-se como o candidato da mudança e da “ambição” de devolver o poder ao PSD depois de seis anos de socialismo.
A sua estratégia é justamente distanciar-se de Costa e acusar o Rio de não ter conseguido estabelecer-se como alternativa aos socialistas: “A diferença entre a política defendida pelo PSD e a política do PS não era muito clara”ele garantiu em entrevista recente à EFE.
Com um estilo mais populista que o do seu adversário, insiste que o PSD deve procurar a maioria absoluta em Janeiro – mesmo que as sondagens excluam essa possibilidade – e defende o facto de o partido poder obter votos num amplo espectro políticodo centro-esquerda à direita moderada.
Rangel tem defendido alianças com o CDS e a Iniciativa Liberal, mas a extrema-direita é a sua “linha vermelha”.
Os socialistas, um mistério: ele não quer governar com eles num “Bloco Central”, mas outros possíveis acordos eram até agora um assunto tabu.
CRESCER E AUMENTAR SALÁRIOS
No programa económico, os dois candidatos convergem: Defendem que Portugal está estagnado e comprometem-se a acelerar o crescimento e competitividade para melhorar os salários.
Ainda há nuances: Rangel é defensor de um aumento “significativo” do salário mínimo -sem quantificá-lo-, Rio critica-o por se aproximar dos dogmas de esquerda e considera que os salários devem aumentar com a produção de riqueza.
Ambos querem também reduzir a carga fiscal e promover o aumento das exportações e dos investimentos em Portugal, acelerar a inovação e as medidas de promoção da natalidade.
Editado por Maria Moya
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