O Líder do Livre reconhece que há muitas coisas que unem a esquerda e a direita: “Os problemas do Chega Piora Portugal”.
O líder do Partido Livre, Rui Tavares, antes desta quarta feira, em entrevista CMTVuma campanha eleitoral “dura e forte” com certa vantagem sobre as polêmicas em torno da justiça.
“Temo que a campanha seja muito dura e muito difícil com polémicas em torno da justiça. Há sinais de oportunismo político que beneficiam o descrédito do sistema”, defendeu.
As eleições legislativas portuguesas, convocadas por Marcelo Rebelo de Sousa, realizam-se no dia 10 de março. O anúncio dos novos dados surge na sequência da exoneração de António Costa, envolvido num julgamento.
Rui Tavares, que apela à racionalidade e cautela na reação aos resultados de dois processos judiciais, acredita que o escândalo tem contornos facilmente associados a uma “crise de regime”.
“É necessário modificar elementos do poder legislativo e executivo.”
O fundador do Livro pede aos agentes políticos “que não tornem esta situação ainda mais excecional”.
“Estamos numa revisão constitucional. Em tese seria possível modificar a Constituição agora”, lembrou.
A crise política foi mal colocada?
Em entrevista, o político e historiador disse discordar de António Costa, que se autodenominava “inútil e inadequado”.
“A partir do momento em que o primeiro-ministro se demite, a decisão deve ser respeitada. Quando os Livres foram chamados a Belém, não houve nenhuma declaração sobre a manutenção do governo nem sobre a organização das eleições, porque essas decisões são da responsabilidade do Presidente. da República. A república “
No entanto, o político disse que a única exigência era a realização de eleições “ou o mais breve possível”.
Rui Tavares critica também a Procuradoria-Geral da República, que acusa de relegar uma declaração muito importante “para a assessoria de imprensa”.
“Esta declaração foi publicada pela imprensa. Uma declaração desta importância não pode ser encontrada pela imprensa. A importância do momento exigia maior esclarecimento. Quando algo desta importância acontece, devemos enfrentá-lo, por mais difícil que seja. .”
Diferenças entre esquerda, amor ao Chega e confiança na política
Rui Tavares afirma que para liderar uma campanha clara, face às atuais circunstâncias, está a demonstrar “grande vigilância”.
O líder do Livro acredita que mesmo que “as esquerdas sejam diferentes umas das outras”, há muitas coisas que as unem.
“Não é isso que temos a ver com o Estado Social e com os serviços públicos, há mais linhas verdes do que vermelhas”, argumentou.
Quanto ao Chega, Rui Tavares anuncia que está em curso a última campanha para as eleições legislativas e que uma coligação que dê direção ao partido de André Ventura seria “mais uma maldição do que uma boa”.
“Quando dissemos, há dois anos, que a maioria absoluta era assustadora, não pensei que seria tão justo. Seria muito importante que os partidos políticos explicassem ao eleitor que um voto não resolveria os problemas de Portugal e prejudicaria o governo democrático.”
O político acaba lembrando que os problemas recentes afetam os políticos e criam um clima de desconfiança.
“Num momento de incerteza, onde os limites não são claros, quem quer servir o país sem poder político não sabe qual a melhor forma de o fazer. Parece que todos os cidadãos desconfiam dos políticos”, disse. .
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