Murtra (Indra) pede “vontade política, seriedade e recursos” para forjar alianças internacionais
BARCELONA, 31 de maio. (IMPRENSA EUROPEIA) –
O presidente da Agbar, Ángel Simón, lamentou esta quarta-feira que não se tenham registado progressos “suficientes” na reutilização da água desde a seca de 2008, e garantiu que a situação seria diferente se tivessem sido tomadas as decisões necessárias.
Afirmou-o durante a mesa redonda “Infraestruturas e tecnologias críticas” com a ex-ministra e presidente da Redeia, Beatriz Corredor, e o presidente da Indra, Marc Murtra, durante o 38.º encontro do Cercle d’Economia.
Ele explicou que em 2008 já existia a tecnologia de reúso de água e que hoje Barcelona cobre 20% da demanda com água de reúso e outros 20% com água da usina de dessalinização.
“Hoje, tecnologicamente, não deveríamos ter problema em nenhuma cidade para haver abastecimento de água”, garantiu, e pediu à gestão que promova soluções.
Por outro lado, apelou a uma maior colaboração público-privada, assim como à qualidade institucional e à garantia de que se envolvam nessa colaboração, e lamentou que a Câmara Municipal de Barcelona durante oito anos tenha sido um “exemplo mundial do que não se deve ser colaboração público-privada”.
MARC MUTRA
Murtra garantiu que a tecnologia tem uma “extraordinária importância” para a segurança e precisou que a Espanha deve trabalhar no seu desenvolvimento no perímetro europeu.
Optou por uma maior autonomia e coordenação estratégica das empresas espanholas para poder promover as suas próprias tecnologias e obter recursos para criar e executar corretamente.
Sublinhou ainda que as alianças com outros países são essenciais para poder fazer face aos desafios internos e que, para as concretizar, são necessárias “vontade política, seriedade e recursos”.
“Somos uma sociedade obviamente conservadora com a tecnologia. Queremos o bem, mas não o mal, e a tecnologia é arriscada”, alertou.
BEATRIZ CORREDOR E A SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA
Beatriz Corredor disse que atualmente existe um sistema energético em que os consumidores são também produtores graças às energias renováveis, pelo que a inovação, tecnologia e regulação são os “desafios” para avançar nesta sustentabilidade energética.
Corredor assegurou que a Europa não atingirá os seus objetivos de sustentabilidade “sem as energias renováveis de Espanha e Portugal”, e disse que um dos seus objetivos é poder ter em Espanha as infraestruturas necessárias para se tornar líder nas energias renováveis na Europa.
Em relação à autonomia estratégica, ele disse que as tecnologias de geração de energia renovável precisam de mais materiais do que as tecnologias tradicionais, e a maioria dessas tecnologias vem de países como a China.
“A distribuição do velho mundo da energia baseada em gás e petróleo era mais ampla do que a distribuição dos materiais de que precisamos”, acrescentou.
“Estudioso devoto da internet. Geek profissional de álcool. Entusiasta de cerveja. Guru da cultura pop. Especialista em TV. Viciado em mídia social irritantemente humilde.”