Vinte e um ceramistas animam a Calle Mayor com suas criações

Organizada pelos Ceramistas Palentinos, CEPA, com o patrocínio da Câmara Municipal, celebra-se uma nova edição, a trigésima sexta, da Feira da Cerâmica. Enquadrado na Feira Chica, pode ser visitado até domingo na Calle Mayor. Quatro dias para admirar o trabalho de vinte e um expositores (incluindo três de Palencia: Luciano Ceinos, Victoria Paris e Rocío Aguado) e adquirir peças únicas. “As perspectivas são boas. É um público que valoriza fortemente a cerâmica, com a qual temos um bom ambiente: já nos conhecem e vêm procurar-nos”, explica Rocío Aguado, que acrescenta que “estes são geralmente bons dias para vendas; tem gente esperando, tem até quem fica em casa guardando um dinheirinho para gastar na feira, que sempre reúne muita gente e a gente fica encantado”.

“Este ano, à semelhança dos anos anteriores, pode-se ver o melhor da cerâmica”, sublinha Aguado, que sublinha que “é uma seleção muito exaustiva baseada na qualidade”. A ceramista do CEPA convida os habitantes de Palencia a virem à Calle Mayor, a fazerem perguntas e a interessarem-se pela cerâmica “porque não haverá muitos ceramistas porque não há mudança geracional”.

Por seu lado, Victoria Paris sublinha que a exposição mostra “o melhor de cada um de nós”, e apela a gastar “um dinheirinho e levar uma peça única”.

Participam 21 ceramistas, além dos habitantes de Palência que vêm de Valladolid, Burgos, León, Zamora, Segóvia, Salamanca, Madri, Cantábria e Portugal.

Cristina Ortiz, da Cantábria, diz-se “encantada” com a sua terceira exposição em Palencia, que considera “agradável”. “Não é Madrid nem Barcelona, ​​mas é muito bom”, afirmou. Segundo ele, o público abriu um buraco em sua vida pela cerâmica. “A porcelana é o crème de la crème. É muito complicado e não há muita gente que o faça manualmente, mas gosto deste desafio”. Para Nela Sánchez (Segóvia), habituada a outros circuitos, este é o terceiro ano em Palencia, onde chega com uma linha decorativa para a casa inspirada no mar e nas texturas. Ele fala sobre o ressurgimento da cerâmica desde que o processo é entendido como uma forma de desconexão, o que tem levado à sua valorização. Iñigo Dueñas (Salamanca), presente em cerca de trinta edições da amostra que, comenta, “vale a pena”. “Apesar de pequeno, é vendido, e o público agradece muito, valoriza muito você”, afirma. Quando jovem, quis investigar e transferiu aquilo que “era a sua paixão, a pintura, para aquilo que era o ofício da família, a olaria”.

Prémio Manuel Ceinos. Além disso, cada expositor participa no IX Prémio Internacional de Cerâmica Manuel Ceinos, que tem uma dotação de 600 euros para o trabalho vencedor e 400 para o segundo classificado. O júri decidiu ontem, primeiro dia do desfile e em que a chuva acompanhou, atribuir os prémios a Victoria Paris e Nela Sánchez.

Marciano Brandão

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