A Iberdrola inaugura hoje o complexo do Tâmega, com uma capacidade de 1.158 MW, o maior projeto hidroelétrico bombeado em Portugal cuja construção começou em 2014 e que inclui três albufeiras -Gouvães, Daivões e Alto Tâmega- e três centrais hidroelétricas localizadas no rio Tâmega , afluente do Douro, no norte de Portugal, perto do Porto.

A central hidroeléctrica do Alto Tâmega deverá estar operacional na primavera de 2024. A criação da albufeira de Daivões envolveu, ao nível da reconstituição, a construção de uma ponte com cerca de 200 m de comprimento e 35 m de altura, mais 5 km de linhas eléctricas, mais de 7 km de rodovias, além de duas estações de tratamento de esgoto.

Este reservatório de Daivões é o reservatório inferior da central hidroelétrica bombeada de Gouvães, de 880 MW. Em janeiro de 2022, a Iberdrola comissionou o primeiro grupo energético da usina hidrelétrica – uma turbina com capacidade de 220 MW.

Esta instalação é reversível, ou seja, permite que a água da albufeira de Daivões seja armazenada na albufeira de Gouvães, aproveitando o desnível de mais de 650 metros entre as duas. Desta forma, a energia pode ser bombeada em caso de excesso de produção e recuperada se necessário. A soma das três usinas significará um aumento de 6% no total de energia elétrica instalada no país. O complexo também inclui uma central hidroelétrica reversível de 880 MW, que, segundo a Iberdrola, aumentará em 30% a capacidade de armazenamento de Portugal. De acordo com a empresa de energia, o complexo poderá produzir 1.766 GWh por ano, suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos municípios vizinhos e das cidades de Braga e Guimarães (440.000 famílias). Além disso, esta grande infraestrutura renovável terá capacidade de armazenamento suficiente para servir dois milhões de lares portugueses durante um dia inteiro.