A aplicação da inteligência artificial na medicina está aumentando. o IA permite que as máquinas processem e analisem dados médicos e facilita diagnósticos precisos e rápidos. Além disso, podem acelerar os tempos de pesquisa para o desenvolvimento de novos medicamentos, melhorar a qualidade de vida de dependentes e idosos ou melhorar o acompanhamento de pacientes crônicos. Estas são especialidades onde os mais recentes avanços em IA estão fornecendo resultados inovadores.
Dermatologia
O câncer de pele é responsável por um terço de todos os casos de câncer diagnosticados no mundo e a inteligência artificial (IA) tornou-se uma poderosa ferramenta para seu diagnóstico precoce.
De acordo com dados fornecidos pelo Associação Espanhola de Dermatologia e Venereologia A IA é atualmente utilizada para estabelecer diagnósticos diferenciais precisos contra patologias comuns como psoríase, dermatite atópica ou acne, bem como para o desenvolvimento de protocolos terapêuticos personalizados e a previsão de resultados a médio e longo prazo. Também desempenha um papel fundamental na teledermatologia, onde o diagnóstico remoto é suportado por aplicativos que permitem o reconhecimento de imagens.
Na dermatologia oncológica, a IA está ajudando a automatizar o diagnóstico de tumores de peleuma vez que permite diferenciar lesões melanocíticas e não melanocíticas, ou mesmo estabelecer classificações mais precisas dentro desses dois grandes grupos tumorais.
Isso é uma vantagem para o diagnóstico precoce do câncer de pele e permite a geração de sistemas de rastreamento capazes de priorizar os casos de acordo com sua gravidade. “A inteligência artificial permite que os pacientes com câncer de pele cheguem mais cedo às nossas consultas”, explica o Dr. Antonio Martorell, dermatologista do Hospital Manises em Valência.
Ao mesmo tempo, aplicações baseadas em inteligência artificial são interessantes para o desenho de modelos que geram algoritmos de previsão a partir de dados anônimos de pacientes. Por exemplo, existem algoritmos de computador que podem prever a progressão metastática do melanoma cutâneo com base na expressão gênica e nos dados de microRNA do próprio tumor. “A IA nos oferece a capacidade de determinar, com base em previsões algorítmicas, quais pacientes podem ter um prognóstico pior. O Big Data e a análise desses dados permitirão segmentar melhor os pacientes e personalizar ainda mais os tratamentos”, garante o médico.
Fora do campo da oncodermatologia, existem outros trabalhos interessantes de inteligência artificial realizados por dermatologistas. Um deles é o projeto skiana-cuidadofeito pelo próprio Martorell, e consiste em um aplicativo desenvolvido para smartphones que permite avaliar a gravidade dos pacientes que sofrem acne juvenil. O usuário se fotografa com seu celular, para que o aplicativo consiga determinar o grau de extensão das lesões cutâneas e estabelecer sua gravidade. Este modelo de computador visa educar a população jovem sobre a saúde da pele e, por sua vez, identificar os pacientes que podem precisar de cuidados dermatológicos especializados no futuro para prevenir a formação de cicatrizes, dependendo do nível de gravidade e perfil da pele.
pacientes com dor
Outra aplicação da inteligência artificial é a abordagem da dor. Por exemplo, a plataforma pain.com integrou recentemente uma ferramenta de tele-reabilitação chamada Acompanhar. Este aplicativo de fisioterapia digital utiliza a câmera do celular, tablet ou notebook, para que seu sistema de inteligência artificial analise as posições e amplitude de movimento do paciente em tempo real. Dessa forma, a pessoa recebe correções por mensagens de voz e texto durante o exercício.
A ferramenta já foi testada em vários centros da Espanha como o Hospital Universitário de Torrejón (Madri); Hospital Universitário Vinapoló (Elche); e o Hospital Ribera Povisa (Vigo), e fisioterapeutas e médicos especialistas participaram no seu desenvolvimento e desenho. Apresenta-se como uma “alternativa” à “ausência de um método padrão de tratamento de reabilitação” e facilita aos pacientes, de suas residências, a realização de exercícios terapêuticos a partir de qualquer aparelho.
“O exercício físico é essencial em qualquer processo de reabilitação, mas vemos algumas dificuldades para os pacientes cumprirem as rotinas e aderirem ao tratamento”, insiste Jon Vital, CEO e cofundador da Trak.
Câncer colorretal
O câncer colorretal é o terceiro câncer mais diagnosticado no mundo, com quase dois milhões de novos casos por ano. o detecção precoce deste tumor é essencial e a colonoscopia é o exame de rastreamento por excelência, pois, graças aos avanços da tecnologia, oferece cada vez melhor desempenho na detecção e eliminação de pólipos.
A empresa Fujifilm recentemente incorporou aos equipamentos das áreas de endoscopia os chamados olho cadsoftware com função de caracterização de pólipos de cólon que utiliza um sistema de Inteligência Artificial (IA) baseado em aprendizado profundoque “aprende” com imagens e vídeos de alta definição.
Graças a esse aprendizado, oferece resultados aos profissionais de saúde para melhorar o diagnóstico de cada paciente, gerando uma predição histológica sobre o pólipos suspeitos que aparecem na imagem com a qual se pode determinar se são hiperplásicos ou neoplásicos. Essa tecnologia detecta e caracteriza lesões, por enquanto apenas no trato digestivo inferior, embora, com o tempo e o “aprendizado” constante por meio de atualizações, poderá fazer o mesmo nas regiões do estômago e esôfago.
Combinado com a cromoendoscopia LCI, o sistema Cad Eye melhora consideravelmente a detecção em tempo real pólipos e adenomas do cólon, até 100%, especialmente lesões serrilhadas planas que são muito difíceis de detectar. Dessa forma, quando um pólipo suspeito é detectado na imagem endoscópica, o equipamento indica a área onde ele se encontra, acompanhado de um sinal acústico e sem a necessidade de realizar operações complicadas, como ampliação e captura de imagem, pois habilitado automaticamente.
“Assim, torna-se um software muito útil que facilita o trabalho dos profissionais e ajuda a desenvolver uma tarefa de treinamento em endoscopistas menos experientes no diagnóstico óptico de lesões, auxiliando-os no resultado diagnóstico. o custo da histopatologia, reduzindo o número de biópsias desnecessárias de amostras colhidas durante a endoscopia”, explica Pedro Mesquita, Diretor Geral da Fujifilm para Espanha e Portugal.
câncer de mama
A inteligência artificial por meio de novos sistemas com tecnologia de aprendizado profundo já é capaz de detectar lesões suspeitas de câncer de mama tanto em mamografia digital como na tomossíntese, atribuindo-lhes uma pontuação baseada na probabilidade de malignidade.
Como apoio aos radiologistas no rastreamento do câncer de mama, permitirá a detecção de um maior número de cânceres, que seriam diagnosticados em fases mais precoces, o que significaria um melhor prognóstico para a paciente e a utilização de tratamentos menos agressivos, Dra. Esperanza explicou. Elías, radiologista especialista em Inteligência Artificial aplicada ao rastreamento mamário, no último congresso da Sociedade Espanhola de Radiologia Médica (SERAM).
A inteligência artificial também é capaz de classificar as mamografias de acordo com a probabilidade de malignidade, permitindo que o radiologista foque suas ações naquelas com maior probabilidade de câncer. “Embora sejam necessários mais estudos prospectivos em ambientes clínicos reais, a inteligência artificial desempenhará um papel muito importante na mamografia no curto prazo”, diz Dr. Elías. Estudos mostram que a carga de trabalho em programas de rastreamento pode ser reduzida em até 70% sem reduzir a sensibilidade, o que reduziria os atrasos.
saúde bucal
No campo da odontologia e saúde bucal, projetos como o criado por acompanhamento odontológico, que desenvolveu um software odontológico pioneiro para monitoramento remoto. Esta ferramenta funciona com um smartphone e hardware ScanBox Pro, para ajudar os pacientes a tirar fotos intraorais de alta qualidade.
“Os usuários podem enviar imagens digitalizadas de sua boca diretamente para a plataforma DentalMonitoring, que pode localizar, calcular e avaliar 137 observações intraorais diferentes, monitorando desde o acompanhamento do alinhador até a remoção do bráquete e a erupção de novos dentes e até criar simulações realistas. Essa análise é possível graças ao fato de termos um banco de dados de imagens muito completo, o que nos permite detectar com precisão qualquer anomalia e projetar um tratamento de melhor qualidade”, comenta Elvira Antolín, especialista em odontologia, ortodontia e ortopedia dentofacial.
A utilização deste software é um complemento para profissionais que pode ser utilizado independentemente do aparelho ou marca utilizada no tratamento. “Com esta ferramenta, podemos analisar cada imagem pixel a pixel, personalizando ao máximo o tratamento do paciente e realizando um acompanhamento muito preciso. Isso resulta em maior adesão e até antecipação de possíveis problemas que possam surgir ao longo do tratamento, já que o sistema alerta o profissional quando um problema é detectado”, explica o dentista.
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