Novo ministro da Saúde de Portugal enfrenta o desafio de avançar nas reformas

Este conteúdo foi publicado em 10 de setembro de 2022 – 18:32

Lisboa, 10 Set (EFE).- O primeiro-ministro português, António Costa, destacou hoje a “experiência política” do novo Chefe da Saúde, Manuel Pizarro, para lidar com as reformas em curso no sistema de saúde pública.

Manuel Pizarro, médico especialista em medicina interna de 58 anos que foi secretário de Estado da Saúde entre 2008 e 2011, renunciou ao seu mandato no Parlamento Europeu para assumir a pasta da saúde em Portugal.

O novo ministro “vai encontrar outra forma de servir o sistema de saúde português”, disse hoje Costa após a posse de Pizarro.

“Ele tem todas as condições para avançar na execução do nosso programa de governo e dar continuidade às reformas em curso”, acrescentou o líder socialista português.

Pizarro sucede a Marta Temido, que apresentou seu cargo em agosto após a polêmica desatada por la morte de una mujer embarazada que tuvo que somesters tem uma intervenção de emergência adiada para o cierre de unidades obstétricas debido à crise do sistema sanitário público que sofre o país.

Pizarro será o responsável pela aplicação do novo estatuto do sistema nacional de saúde, que Costa diz constituir a “grande reforma” da saúde pública em Portugal.

O estatuto substitui o que vigorava desde 1993 e tem como eixo central a criação de uma direção executiva que coordene toda a prestação de serviços da rede pública.

Além disso, aumenta a autonomia dos centros de saúde, também na contratação de recursos humanos, e cria um sistema a tempo inteiro para tentar atrair mais trabalhadores de saúde para o SNS, que será voluntário e passará a ser aplicado entre os médicos.

O projeto foi recebido com ceticismo por profissionais do setor.

“Os doentes não podem esperar muito do novo estatuto”, disse à Efe o presidente da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que assegurou que os grandes problemas são a falta de capital humano e o modelo de gestão ultrapassado, burocrático e inflexível. .

“Mesmo que tenhamos uma direcção executiva que coordene melhor hospitais e centros de saúde, sem os necessários instrumentos de financiamento e gestão, não se conseguirá milagre”, reconheceu o presidente da Associação Portuguesa de Administradores de Hospitais (APAH) em declarações ao EFE. Xavier Barreto.

Para o Sindicato dos Enfermeiros, o estatuto é de “mão vazia”: “Pouco se sabe sobre como será valorizado o capital humano do SNS”, criticou o seu presidente, Pedro Costa. EFE

mar/fpa

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Cristiano Cunha

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