Encerramento telemático do Festival de Cinema e Direitos Humanos de Barcelona
BARCELONA, 11 dez. (IMPRENSA EUROPA) –
O filósofo, linguista e ativista norte-americano Noam Chomsky disse que “deve-se buscar algum acordo para tentar evitar a escalada do conflito” na Ucrânia, país que ele literalmente definiu como parceiro de fato da OTAN.
Chomsky encerrou no sábado à noite, com uma videoconferência ao vivo, o Festival de Cinema e Direitos Humanos de Barcelona, disseram os organizadores em comunicado.
A perguntas da platéia, ele explicou que a invasão russa é “um crime de guerra como o de Hitler na Polônia ou dos Estados Unidos no Iraque”.
Para ele, a origem está no acordo entre os presidentes russo e americano, Mikhail Gorbachev e George Bush (1990), para que uma Alemanha reunificada entre na OTAN com a condição de que a Aliança não se expanda mais. O presidente dos EUA, Bill Clinton, não respeitou, disse Chomsky.
O intelectual também tocou na crise climática: alertou que restam apenas algumas décadas para evitar um ponto de inflexão, instou o ativismo a se concentrar na “conscientização sobre a natureza das ameaças climáticas” e pediu aos vários poderes que trabalhem juntos para um solução.
Sobre a luta de outros ativistas para libertar o fundador do Wikileaks, Julian Assange, ele disse que é preciso muito ativismo para divulgar o caso de forma mais ampla.
PRÊMIO DO FESTIVAL
Os prémios do festival também foram atribuídos: a melhor longa-metragem foi “Go through the dark” (de Yunhong Pu, China 2021); Melhor Curta Ficção, ‘Ajuste’ (Mehrdad Hasani, Irã 2022); o melhor curta documentário, ‘Um robô para Colcabamba’ (Luciano Gorriti e Adrián Portugal, Peru 2021) e o melhor curta catalão, ‘El rellotge del meu stop’ (Francesc Palau, Espanha 2022).
A cerimónia de encerramento terminou com a exibição das curtas-metragens dos novos realizadores catalães: ‘La mort petita’, ‘Aquesta nit’, ‘El bosc de la chimera’ e ‘Inefable’.
E os Premis Humans – Barcelona Human Rights Awards foram atribuídos: ao escritor ucraniano Andrei Kurkov (Prémio de Literatura e Direitos Humanos); o político afegão Malalai Joya (Voz e Direitos Humanos); o advogado e jornalista colombiano Daniel Mendoza Leal (Mirada y Derechos Humanos); o jornalista e ex-diretor da FundiPau, Jordi Armadans (Arcadi Oliveres); a advogada e membro da coordenadora distrital Patricia Fernández Vicens (direitos humanos) e da Fundação Pare Manel (honorária).
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