MADRI, 23 de janeiro (EUROPA PRESS) –
A oposição venezuelana saiu a passo das declarações do ministro de Assuntos Exteriores, União Européia e Cooperação, José Manuel Albares, sobre uma supuesta oferecida para “acompanhar” o diálogo com o governo de Nicolás Maduro, esclarecendo que por agora não existe nenhuma oferta em esta direção.
“Eles me transmitem o desejo real de que o diálogo avance, os passos que desejam para isso e pediram que a Espanha esteja presente e acompanhe o diálogo”, disse Albares em declarações à imprensa em Bruxelas. Segundo o chefe da diplomacia espanhola, os pedidos partiram de ambas as partes.
No entanto, fontes da oposição consultadas pela Europa Press negaram a existência do referido pedido, esperando para ver como evoluirá um diálogo que neste momento se encontra estagnado. Uma figura da oposição sublinhou que cabe aos atores diretamente envolvidos decidir “sobre a dinâmica do diálogo”.
O Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, marcou para esta segunda-feira um debate sobre a nova situação que se abre na Venezuela, onde a UE ambiciona recalibrar a sua posição tendo em conta as mudanças a nível regional e nacional, após a saída de Juan Guaidó como presidente “no comando” e a maior presença do regime de Nicolás Maduro na esfera internacional.
A Espanha foi um dos atores internacionais que mais deu passos nos últimos meses para retomar as relações com Caracas e mostrou seu apoio ao diálogo no México. Por exemplo, elevou a representação em Caracas ao posto de embaixador, a mesma decisão que Portugal tomou.
“Apoiamos o diálogo entre os venezuelanos porque acreditamos que a solução para a Venezuela só pode vir por meios pacíficos e democráticos e por meio do diálogo entre os venezuelanos”, disse Albares em entrevista à Europa Press algumas semanas atrás.
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