A polêmica lei pela qual mais de 40 jogadores de futebol israelenses se tornaram portugueses

A regra se impôs ao beneficiar o magnata russo Roman Abramovich.

Mais de 40 futebolistas israelitas obtiveram passaportes portugueses através do lei que concede nacionalidade a descendentes de judeus sefarditasque levantou polêmica após o caso do oligarca russo Roman Abramovich e mais tarde foi endurecido pelo governo português.

Uma dúzia de futebolistas são internacionais com Israel e apenas um veio jogar em Portugal, segundo o jornal português publicado hoje’Público’, que recorda que a nacionalidade portuguesa facilita as contratações por clubes europeus. “A nacionalidade portuguesa torna os campeonatos organizados por países da União Europeia mais acessíveis aos jogadores israelitas e assim facilita uma eventual transferência para clubes desta área geográfica, que têm limites para a contratação de jogadores não europeus nas suas competições”, salienta.

Entre os jogadores de nacionalidade portuguesa estão Shon Zalman Weissmanque joga no Valladolid, e Mansão Salomãoemprestado ao Fulham pelo Shakhtar Donetsk.

LEI CONTROVERSA

Uma lei de 2015 só autorizou a concessão da nacionalidade portuguesa a descendentes de sefarditas expulsos de Portugal há cinco séculos se uma entidade autorizada certificou esta ligação, que beneficiou mais de 50 mil pessoas. Mas a regra gerou polêmica depois que Roman Abramovich obteve um passaporte português em 2021, processo que foi investigado pelas autoridades portuguesas.

o Rabino da comunidade israelense do Porto, Daniel Litvak, responsável por certificar a ascendência sefardita do oligarca russo, chegou a ser preso. O governo português reforçou então as regras para a obtenção da cidadania, que passam a exigir que seja demonstrada uma ligação efetiva e atual com Portugal, por exemplo com visitas ao país ao longo da vida ou com herança de um imóvel.

Cristiano Cunha

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