o vitória eleitoral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 51,17% dos votos, confirma a relação entre sua continuidade no poder e a maturidade política de sua liderança.
Há uma ligação visível entre os fundamentos da independência, da unidade e da defesa da soberania que não cederam ao longo do tempo e, após 47 anos de exercício da autoridade, estão se reproduzindo e se fortalecendo nas condições atuais, enquanto em África transformações estratégicas estão ocorrendo para o futuro.
A vitória do MPLA é, sem dúvida, uma homenagem à ilustre figura do Antonio Agostinho Netoo médico e poeta que liderou a insurreição contra o colonialismo com o otimismo de que a vitória revolucionária seria certa, e foi.
Neto e os patriotas ao seu redor transcenderam-se na história africana contemporânea como expressão de uma consciência libertária, com a qual também preencheram o vazio ideológico da unidade: “Um povo, uma nação”.
Tudo isso fica em segundo plano, defendem a durabilidade do Movimento à frente do país, além do fato de que sua gestão como Estado protegeu Angola contra as invasões do apartheid sul-africano e a eclosão de conflitos internos.
Da mesma forma, a concepção de solidariedade de Neto, compartilhada por outros líderes como o Comandante-em-Chefe Fidel Castro, marcou o caminho da cooperação fraterna com todo o continente.
Ambos “mostram ao mundo as vantagens da amizade e da solidariedade quando aceitaram, no início da construção da nação angolana, a implementação da ajuda internacionalista”, disse María Eugenia Neto, viúva do primeiro presidente do país africano.
No ano do centenário do seu nascimento, recordamos que António Agostinho Neto “não encarna o papel de quem esperou de braços cruzados, mas de quem está pronto para mudar o rumo dos acontecimentos (…)”, diz o Jornal d’Angola.
Todos sabem que com a sua vitória eleitoral, o MPLA conquistou 124 dos 220 assentos na Assembleia Nacional (Parlamento), o que é decisivo para fazer avançar os seus projetos legislativos.
O caminho para a vitória nas últimas eleições não foi fácil, “mas há uma grande verdade: o MPLA venceu com maioria absoluta”, sublinhou María Julia Mayoral, correspondente-chefe da Prensa Latina em Luanda, capital angolana.
Para a realização da consulta foram preparadas 13.238 escolas e 26.488 assembleias de voto no país, bem como as urnas instaladas nas missões diplomáticas de Angola em 25 cidades de 12 países, disse Comissão Nacional Eleitoral.
As últimas eleições legislativas foram as mais complexas na sua preparação e execução, convocando 14.399.391 cidadãos às urnas, incluindo 22.560 residentes no estrangeiro e incluídos pela primeira vez na diáspora.
Da mesma forma, a vitória do MPLA confirmou por mais cinco anos o mandato do atual presidente, João Lourenzo, que permanece à frente do Estado depois de ter enfrentado outros quatro candidatos durante este exercício civil realizado por ocasião do vigésimo aniversário da paz e progresso para a reconciliação.
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