Portugal vai às urnas em 10 de março, depois de António Costa se ter demitido e a coligação de esquerda ter entrado em colapso no meio de uma investigação sobre prevaricação e corrupção, após mais de uma década de estabilidade política e prosperidade económica.
Agora o contexto é diferente e poderá trazer os conservadores de volta ao poder. Segundo o inquérito realizado pela consultora IPESPE para a CNN Portugal a que a LPO teve acesso, o principal favorito é a coligação de centro-direita liderada pelo líder do Partido Social Democrata, Luís Montenegro.
Segundo o IPESPE, Montenegro obteria 33% dos votos, mas só isso não seria suficiente para obter a maioria absoluta.
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Em segundo lugar, o Partido Socialista continua a perder três pontos, tendo como candidato Pedro Nuno Santos que até janeiro será ministro das Infraestruturas e da Habitação.
Na terceira posição está o Chega, o grupo de extrema-direita liderado por André Ventura O que ganhou votos nas últimas pesquisas e com a expectativa de que as intenções de voto continuem a aumentar.
Neste caso, o IPESPE atribui-lhe 17 pontos, número que lhe poderá dar a chave para formar o governo de que necessitaria a coligação de centro-direita.
A crise do governo socialista beneficiou o Chega, que surgiu em 2018 e que se desenvolveu com base em discursos racistas e anti-imigrantes. Em 2019 obteve a primeira cadeira e em 2022 alcançou 12 deputados após obter 7,2% dos votos.
O Chega é considerado um partido profundamente anti-imigração, anti-cigano e anti-LGBTQ. O seu líder, André Ventura, é geralmente muito agressivo para com os ciganos, chamando-os de um problema de segurança.
Ventura é um defensor da teoria da extrema-direita da “Grande Substituição”, defendida por setores supremacistas dos apoiantes de Donald Trump, segundo a qual os imigrantes substituirão um tipo de português nativo defendido pelos principais conselheiros de Donald Trump e pelo Vox em Espanha.
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