Espanha e Portugal assinam memorando para promover o uso de tecnologias digitais na administração da justiça

O ministro da Justiça sublinhou que este protocolo “deve permitir que os cidadãos dos dois países e, em particular, os das zonas fronteiriças, beneficiem de um serviço público de justiça de qualidade, mais ágil e com maiores garantias de segurança jurídica”.

Para atingir este objetivo, o memorando considera várias linhas de trabalho, como a melhoria e racionalização da presença telemática em ensaios transfronteiriços, a possibilidade de participação regulamentada de profissionais, particulares e empresas portugueses em ensaios telemáticos espanhóis e vice-versa.

Isso também inclui o desenvolvimento e uso comum de recursos de inteligência artificial (IA), como ferramentas forenses ou de ditado forense, classificador de documentos ou anonimizador de documentos, aos quais deve ser dada proteção especial; bem como a comunicação electrónica, no quadro das linhas de trabalho e experiências desenvolvidas no quadro da União Europeia (UE).

experiência piloto

O memorando permitirá desenhar experiências-piloto em zonas fronteiriças, como a região de Elvas (Portugal), onde, pela sua localização geográfica, são numerosos os intercâmbios transfronteiriços, de forma a analisar situações reais.

Llop destacou “a transformação digital pela qual está passando a administração judicial espanhola” e indicou o desejo de iniciar a colaboração nesta área com o país vizinho.

UE e COMJIB

Espanha e Portugal mantêm relações institucionais no domínio da justiça e partilham o objetivo de avançar conjuntamente na digitalização das suas administrações, em coordenação com o que tem vindo a ser desenvolvido nesta matéria na própria UE.

Da mesma forma, os dois países estão trabalhando para fortalecer a cooperação jurídica internacional com o espaço jurídico ibero-americano para avançar na luta contra o crime organizado transnacional e na proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos de ambos os lados do Atlântico.

Llop transferiu também para o seu homólogo português as principais linhas de atuação que o seu pelouro irá promover no domínio da justiça durante a presidência espanhola da União Europeia a partir de julho deste ano, e sublinhou a importância de uma colaboração mais estreita no quadro da Conferência de Ministros da Justiça dos Países Ibero-americanos (COMJIB).

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Filomena Varela

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