Estão a investigar alegado tratamento favorável a duas irmãs tratadas em Portugal e isso afeta Rebelo de Sousa

MADRID, 24 de novembro (EUROPA PRESS) –

O Ministério Público português está a investigar o caso de dois gémeos brasileiros que viajaram de São Paulo para Lisboa para se submeterem a um tratamento milionário, entre suspeitas de que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa possa ter intervindo porque os menores seriam conhecidos da companheira do seu filho. .

O caso foi noticiado pelo canal televisivo TVI no início de novembro. Os gémeos, de dupla nacionalidade portuguesa e brasileira, viajaram para Lisboa em 2019 para serem tratados no Hospital de Santa Maria à atrofia muscular espinhal com Zolgensma, medicamento cujo tratamento custa 2 milhões de euros.

A reportagem deixa dúvidas sobre Rebelo de Sousa, uma vez que a família dos mineiros era conhecida do companheiro do seu filho. O Presidente português negou qualquer forma de participação pessoal neste assunto, embora a Casa Civil da Presidência tenha intervindo, nota o jornal ‘Público’.

“Já disse que não fiz isso. Não falei com o primeiro-ministro, não falei com o ministro (da Saúde), não falei com o secretário de Estado, não falei com o general diretor, “nem com o diretor do hospital, nem com o conselho de administração, nem com os médicos”, negou então Rebelo de Sousa.

De momento, a investigação centra-se em vários desconhecidos. Se o Ministério Público quisesse abrir um processo contra o presidente, teria primeiro de ser votado na Assembleia portuguesa.

O partido Iniciativa Liberal (IL) anunciou esta semana que iria solicitar a comparência na Assembleia da ex-ministra da Saúde Marta Temido e da antiga e atual administração do Hospital de Santa Maria para explicar o caso. A ex-Ministra da Saúde declarou estar à inteira disposição do Parlamento.

Francisco Araújo

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