A continuidade de Fernando Santos como seleccionador da Polónia era uma incógnita na terça-feira, depois de uma reunião com o presidente da federação nacional após o mau início da selecção nas eliminatórias para o Campeonato da Europa.

Santos assumiu em janeiro, após oito anos como técnico de seu país natal, Portugal. O estrategista de 68 anos deve encontrar Cezary Kulesza novamente esta semana e nenhuma decisão final foi tomada sobre seu futuro, disse o porta-voz e técnico da equipe, Jakub Kwiatkowski.

A Polónia, com o melhor marcador Robert Lewandowski, é a quarta de cinco equipas no seu grupo de qualificação, atrás da Albânia, República Checa e Moldávia – tendo perdido três dos primeiros cinco jogos. Os resultados e o nível da equipa suscitaram críticas dos adeptos e da imprensa polaca.

Santos deixou o cargo de técnico de Portugal após a Copa do Mundo do Catar no ano passado. É o terceiro estrangeiro a liderar a seleção nacional, depois de Leo Beenhakker e Paulo Sousa.

Foi-lhe dada a tarefa de finalmente fazer com que a Polónia se destacasse num grande torneio internacional. O melhor que conseguiram foi passar da fase de grupos de uma Copa do Mundo (2022) e de um Campeonato Europeu (2016) desde 1986. A seleção agora corre o risco de nem mesmo se classificar para a Euro 2024, na Alemanha.

A três dias do final das pré-eliminatórias, a Polónia está quatro pontos atrás do líder albanês e dois atrás dos checos, que ocupam o segundo lugar. Os dois primeiros são classificados diretamente.

Após a derrota por 2 a 0 para a Albânia, no domingo, Santos não cogitou renunciar, dizendo que “nem tudo estava perdido”.

A próxima partida da Polônia será contra as Ilhas Faroé, última do grupo, no dia 12 de outubro.

A imprensa polaca tem especulado que Santos poderá ser substituído por um polaco, tendo Marek Papszun e Michal Probierz como opções.

Raków Częstochowa sagrou-se campeão do campeonato polaco pela primeira vez na época passada ao serviço do Papszun. Probierz lidera a equipe Sub-21.