O tribunal de Leiria absolveu esta terça-feira os três arguidos do processo Caso de corrupção esportiva “Cashball”uma vez que os crimes de que foram acusados não foram provados durante o julgamento, como noticiou a comunicação social portuguesa Sapo Esportivo.
Ministério Público (MP) acusa empresário desportivo Paulo Silva e João Gonçalves, conselheiro desportivo da UD Almería, bem como o ex-funcionário do Sporting Gonçalo Rodrigues por crimes de corrupção ativa, envolvendo dois árbitros de andebol de Leiria, ocorridos em 2018 num processo conhecido como “cashball”.
Paulo Silva foi acusado de três crimes de corrupção ativa, dois dos quais agravados. João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues também Foram acusados de serem responsáveis pela prática de um crime de corrupção ativa piorou em relação a Ivan Caçador.
Durante o lendo a falha, o juiz que preside ao processo disse que os arguidos permaneceram em silêncio durante o julgamento, pelo que as declarações “perante o juiz de instrução criminal não podem ser avaliadas ou utilizadas para incriminar os arguidos. A confissão por si só, sem contradição em tribunal, tem uma capacidade limitada de descobrir a verdade. Os árbitros disseram que não receberam dinheiro. Muitos dos ficheiros de comunicações entregues por Paulo Silva eram editáveis, pelo que o tribunal coletivo entendeu que não existiam requisitos técnicos para que o tribunal pudesse confiar com segurança nessas comunicações.
Segundo o presidente do tribunal, o arguido “Serão absolvidos porque as provas legalmente apresentadas na audiência não foram, na opinião deste tribunal, suficientes.” proferir decisão contrária. “O fator determinante para este resultado foi a posição processual de Paulo Silva, que, dentro dos seus direitos, optou pelo silêncio”, acrescentou.
“É um grande prazer trabalhar com um juiz deste tipo que, em vez de decidir, como por vezes dizem, de acordo com a sua consciência, decide de acordo com a lei e assim se faz a verdadeira justiça e aqui se fez justiça”, disse. começou dizendo aos jornalistas Carlos Melo Alves, advogado de João Gonçalves e um dos melhores advogados portugueses.
Para Melo Alves, poderiam ter sido “erros estratégicos de muitas pessoas, erros de investigação e, talvez, erros de defesa. Quem tem mais de 30 anos de experiência como advogado, o que conclui de um processo como este, que concluí há muitos anos, é que a prova nunca pode basear-se exclusivamente no arguido. O depoimento do acusado é flexível: vai numa direção ou outra, como vimos aqui. A investigação deveria saber que as provas baseadas nas declarações do arguido são voláteis”, concluiu.
Jornal Almería Conseguiu contactar João Gonçalves, que está em Portugal, onde assistiu a todas as sessões do processo. Mesmo que não quisesse fazer declarações públicas, o membro da direcção desportiva rubro-negra Ele admite que foi um alívio para toda a família depois de muitos anos de provação devido à lentidão do sistema de justiça, mas ainda confiante de que sua inocência seria provada.
De acordo com o despacho do deputado, o processo de cashball começou com uma denúncia apresentada ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, quando o empresário desportivo Paulo Silva, em Março de 2018relatou que foi abordado por um amigo agente de futebol –João Geraldes– para que possa beneficiar o Sporting com árbitros designados para as partidas de handebol do campeonato nacional.
Os juízes em questão são Ivan Caçador e Roberto Martinspertencentes à Associação de Andebol de Leiria e que, segundo o deputado, não ficou provado que aceitaram a alegada propina.
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